Pe. Bellouard, O. P.
Transcrição do livro de 1950
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Fonte da Transcrição |
"A juventude e a mocidade que vão saindo de nossas escolas necessitam de um sentido de vida, e só a Igreja pode e sabe dar-lho. Temos que fazer um esforço desesperado de modo a apresentarmos a próxima geração um pouco melhor, pelo menos um pouco melhor que essa que anda por aí. E só a mulher [...] não essa mulher sabida, petulante, masculinizada, que enche as praias de carne exposta, as calçadas de borrões de tinta, as confeitarias de maritacas, e as repartições públicas de criaturas avoadas, enfeitadas, quase inconscientes, ou no afã de matarem o tempo, ou na ânsia de conquistarem pecúnia para seus balagadans, em todo o caso fugindo desabridamente das responsabilidades do lar, das maçadas da cozinha, das mais que maçadas dos filhos.
A mulher cristã, que sabe guardar bem guardado o tesouro da fé, [...] que sabe viver a vida recatada e composta das mulheres que se prostravam diante de Jesus, humildes e confiantes [...]. A mulher coluna temente de Deus, último fim, razão máxima, objetivo primacial [...] Deus mártir no Filho, glorioso em Maria, crucificado todos os dias em altares por todos os homens, mas, afinal de contas, ressuscitado todos os dias nos exemplos de fé e heroísmo, nas renúncias, nas abnegações, nos cilícios, nos martírios de filhas, de noivas, de esposas e mães que trazem a noção do papel que lhes foi distribuído para o grande drama da vida humana... que é também epopéia.
O Padre Bellouard tem o jeitinho de falar às jovens. Conhece bem a alma feminina. Sabe onde dói a ferida. E dirige-se à donzela cristã de nossos tempos com a gravidade, mas também com a carícia de um pai que se desvela pelos pequerruchos."