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19 outubro, 2018

Coleção Popular de Formação Espiritual IX


P. Bernardo Gaspar Haanappel, C. Ss.R
Edição d 1948 - 88 págs


DUAS PALAVRAS
Meu caro irmão em Jesus e Maria, lembras-te ainda dos dias de tua meninice, como tua piedosa e cuidadosa mãe, de manhã cedinho, quando lhe pedias a bênção e ias tomar teu café, perguntava às vezes: "Filhinho, não te esqueceste de rezar de joelhos as três Ave-Marias?" E o hesitares por vezes na tua resposta, era-lhe confissão da tua omissão, e ela não te teria permitido assentar-te à mesa para tomares teu café com biscoito e bolacha sem que tivesses antes reparado a tua negligência.

Quanta coisa sucedeu e mudou-se desde aqueles anos felizes, anos de brinquedos e inocência! Quanta mudança de domicílio e ambiente, de estado e condições de vida! Quanta aflição, cuidado e tristeza, desapontamento e desconcerto! Muita coisa do que antigamente nos foi caro, do que naquela época praticávamos diariamente, já o temos esquecido talvez há muito; já não entra mais na prática da vida. Porém, daqueles dias ditosos não são apenas lembranças e saudades que nos acompanham, não; também conservamos uns bons hábitos. E entre esses, suponho eu confiadamente, pertence também o rezares diariamente, de manhã e à noite, com devoção, as três Ave-Marias em honra da Imaculada Conceição e da pureza de Maria santíssima.
Se não me engano nesta hipótese, eu te felicito; pois como é salutar este pequeno exercício de devoção a Maria!
É nossa intenção tratar neste livrinho sobre as três Ave-Marias. Não como se fosse um exercício ainda pouco conhecido; graças a Deus, inúmeros são os católicos que, ao levantar e ao deitar, piedosamente e de joelhos rezam as três Ave-Marias em honra da Conceição Imaculada de Maria. Porém, esperamos que esse exercício, mediante estas páginas singelas, se torne mais geral ainda, e, se alcançarmos nosso objetivo, isto nos há de ser um título mais para agradecermos a Deus e à sua excelsa mãe. Precípuo escopo, porém, é fazermos com que estimem mais esse exercício os que já o praticam e se afervore ainda mais a sua devoção e zelo. Conseguindo o que anelamos, teremos levado a cabo obra sobremodo salutar, de vez que, à medida que esse exercício se praticar mais perfeitamente, haverá de produzir frutos mais abundantes.
O exercício das três Ave-Marias merece ser recomendado e propagado mais que nunca, especialmente em nossos dias. É certo, a impureza, a concupiscência da carne, em todos os séculos tem sido o grande mal da humanidade. Mas desde que Jesus Cristo, com palavras e exemplos, ensinou a combater esse mal e remiu o mundo das suas cadeias, tem-se o vício alguma vez manifestado mais escandalosa e impudentemente do que em nossa época? A sedução já foi antigamente mais geral e mais satânica do que em nossos dias para toda e qualquer idade e estado? Ah! Quantos gemidos essa praga da impureza não arranca do peito dos sacerdotes e os faz encarar o futuro com receio e ânsia! Ora, contra essa enxurrada de imundícies melhor proteção não se pode idear do que a da Virgem Imaculada. Por isso, não padece dúvida que, mormente agora, merece ser recomendado o exercício das três Ave-Marias, pelo qual invocamos a Virgem sem mancha exatamente para conservar a pureza. Ademais, a experiência provou a eficácia deste exercício para tal fim.
Além disso, esse exercício obteve por diversas vezes a aprovação da suprema autoridade eclesiástica. Assim, Leão XIII, no dia 8 de fevereiro de 1900, concedeu uma indulgência de 200 dias a todos os que, cotidianamente, de manhã e à noite, rezassem três vezes a Ave-Maria com a jaculatória: "Ó minha mãe, preservai-me do pecado mortal!" Em seguida, o Papa Pio X, de santa memória, aos 5 de Dezembro de 1904, outorgou uma indulgência de 300 dias que poderia ganhar toda manhã e toda noite quem rezasse ao menos três vezes a saudação angélica, acrescentando a cada saudação: "Pela vossa Imaculada Conceição, ó Maria, purificai meu corpo e santificai minha alma".
Suplicando à Virgem imaculada queira implorar sobre este livrinho a bênção de seu Filho e o faça contribuir para propagar e tornar apreciado cada vez mais o exercício que lhe é tão caro e que aos fiéis é tão salutar, oferecemo-lo humilde e confiadamente a todos os devotos filhos de Maria Santíssima.
O autor

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OBS.: - Agradeço de forma muito especial ao leitor que contribui para que esta obra, de tão grande importância para aumentar ou iniciar nosso amor e devoção a tão Boa Mãe, pudesse ser postada aqui. Que Nossa Senhora retribua, como melhor Lhe aprouver, por mais esta generosidade! 

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O SANTO DE AUSCHWITZ

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