Marquês de Rio Maior
Livro de 1949 - 77 págs
Ao longo da História da Igreja, surgiram grandes nomes no campo das especulações filosóficas e teológicas. Foram homens que, agraciados por Deus, trouxeram grandes contribuições para o desenvolvimento da doutrina católica. Um desses grandes pensadores foi, sem dúvida, São Tomás de Aquino.
Tomás era da linhagem dos condes de Aquino, condado próximo de Nápoles, na época pertencente ao Reino da Sicília. Nasceu no castelo de Rocasecca, no ano de 1225. Desde criança revelou um profundo espírito observador. Recebeu suas primeiras instruções com os beneditinos no mosteiro de Montecassino. No ano de 1239, entrou na universidade de Nápoles, e no ano de 1245 entrou na Ordem Dominicana. Em seguida, foi para Paris, ficando sob orientação de Santo Alberto Magno, cuja influência sobre o jovem Tomás foi bastante grande. Tomás, logo se distinguiu na cadeira de filosofia, tomando conhecimento dos autores gregos, principalmente Aristóteles.
São Tomás viveu numa época bastante feliz para toda a cristandade. Foi uma época de grandes santos, como São João Boaventura, Santo Alberto Magno, Hugo de São Vitor, Ricardo de São Vitor e outros (lembramos que São Francisco de Assis, Santo Antonio e São Domingos haviam morrido na época da infância de São Tomás). No campo da política, passava-se um período de paz no ocidente, com um grande Rei no trono francês, mais tarde canonizado, o Rei São Luis LX. O próprio Papa dos últimos anos de São Tomás foi um grande homem, ele também beatificado por um sucessor seu, o Papa Clemente XI, no ano de 1713. Nessas condições, a genialidade de São Tomás pode desabrochar com tranquilidade.
A vida de São Tomás de Aquino é toda ela uma grande benção de Deus para toda a Igreja e toda a humanidade. No seu processo de canonização, o Papa João XXII referindo-se a suas obras, disse que cada página de seus escritos era um grande milagre de Deus para a Igreja.