Pe. Francisco Faus
"Sempre são as contrariedades que nos fazem perder a paciência. Como é lógico, nunca nos impacientamos quando tudo nos sorri e se amolda aos nossos desejos. Se prestarmos atenção, poderemos observar que, na nossa linguagem comum, a perda da paciência anda sempre associada a alguma coisa difícil de aceitar, de aturar, de “engolir”, de sofrer: “Haja paciência para aguentar isso”, “Aquilo já está saturando as paciências”, “É dose...”, dizemos.
E é claro que, com isso, estamos falando de algo desagradável, que nos aborreceu; quase sempre, de uma pessoa ou de uma situação que nos vem contrariando ou incomodando desde há um certo tempo. Perante a adversidade instantânea (como a agressão verbal de um motorista – “domingueiro!” – que passa por nós em alta velocidade), não caímos propriamente na impaciência, mas – como verão lendo este livro – na ira."