02 setembro, 2013

A perversão da juventude é um dos fatos mais dolorosos e aflitivos de nossa época...

Mons. de Ségur
Livro de 1884 - 103 págs


“... Existe uma idade em que o menino tem necessidade de saber que além da autoridade paterna, existe um poder mais Augusto, que é a sanção de toda a autoridade e de toda a obediência: então se lhe diz o nome de Deus. É coisa extraordinária! Esta inteligência, apenas esboçada, escuta esta palavra sagrada com uma emoção encantadora. O menino busca Deus em suas obras e o que a razão plenamente desenvolvida não pode abranger, adivinha-o esse tenro espírito; e a partir desse momento a educação encontra um princípio poderoso para dirigir uma natureza rebelde, para combater inclinações ingratas e também para impor deveres difíceis e inspirar formosas virtudes nascentes.
A religião contém pois, o princípio enérgico e saudável da educação...
A sociedade salva-se ou perece conforme a uma lei severa ou condescendente que se dá às almas, aos espíritos, às opiniões e aos costumes.
O mesmo sucede nas famílias: se buscamos a causa de sua decadência e de sua ruína, em geral, encontramo-la na educação dada aos filhos. Se o criamos com mimos e moleza, criamo-los para a decadência. A educação, a poder de refinamento e de luxo, tira às almas e aos carácteres sua virilidade e energia: corrompem-nos pelas delícias e prazeres e, então, quando chega a hora do trabalho, da preocupação do porvir, o homem que tem sido criado no meio de comodidades sempre asseguradas e, já seja por uma covardia desesperada, já por uma cega temeridade, gasta sua fortuna e chega à abjeção.
A educação moderna, assim considerada, é quase sempre desastrosa: criam-se os meninos com luxo e comodidades; e com o pretexto de fazer amar os estudos rodeando-os de esplendor, tem-se feito crer aos discípulos que sua vida estava destinada à mesma cultura e elegância e às mesmas vocações. Quanto descontentamento tem-se incutido nas almas, quantas naturezas se têm envenenado e a quantas existências se têm enganado, dando equívoca direção às suas legítimas aspirações, trocada por ilusões irrealizáveis...
A educação tem se tornado sensualista: descuida dos espíritos e se ocupa dos sentidos, do corpo...
O sistema atual de cultura vicia e neutraliza a semente em seu gérmen e só produz o solo frutos inúteis e perigosos. Tudo, com efeito, no ensino de nossas escolas sacrifica-se às satisfações do corpo e do entendimento; nada ou quase nada se tem reservado para o desenvolvimento das faculdades da alma, das qualidades do caráter e o coração... sem a educação, a instrução nada mais é que um instrumento de ruína...
A perversão da juventude é um dos fatos mais dolorosos e aflitivos de nossa época...
O homem será o que o fizerem em seus primeiros anos. Aos doze já está formado e seguirá a direção que se lhe haja proposto...
O menino que se crê visto por Deus, seguido por Deus, castigado por Deus, portar-se-á de um modo completamente distinto do que só se esforçar por subtrair-se a um olho humano, que não o vêm todas as partes, que não o segue aonde quer que vá....

Pais de família, cuidai mui seriamente da educação que procurais para vossos filhos; disso dependerá a felicidade e o porvir da juventude, e por conseguinte, da sociedade...”

Excertos retirados do livro

O SANTO DE AUSCHWITZ

Assim dizia São Maximiliano Kolbe:

"De muito boa vontade oferecemos leituras gratuitas a todos aqueles que não possam oferecer nada para esta obra, mesmo privando-se um pouco."

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