Pe. Thiago Ecker
Edição de 1925 - 285 págs
Prefácio
Desde
muito tempo fez-se sentir nas escolas e nas famílias católicas a falta de uma “Bíblia" que unisse em si com a integridade relativa do original, na brevidade mais possível,
a beleza sublime do texto autêntico.
Os
protestantes espalham sem critério o texto completo dos Livros Sagrados - coisa
perigosa para os leitores que não são teólogos de vocação. O perigo não está na
“Bíblia” mesma: essa contém a palavra do Senhor, sacrossanto e infalível. A Igreja
Católica, longe de proibir a leitura do texto sagrado, apenas a sujeitou a
algumas regras necessárias. O perigo prevenido por ela (e desprezado pelos
protestantes) consiste no fato, aliás muito natural, de não terem todos os
fiéis, e menos ainda outros, tido a ocasião de adquirir as ciências necessárias
para que possam ler, sem perigo de errar a sua interpretação, os livros santos.
Deus confiou o tesouro da sua revelação à Igreja, obrigando essa a ensinar a
sua palavra a todas as criaturas e prometendo-lhe a assistência do Espírito
Santo.