R. Pere Sylvestre Chauleur, OFM
Prefácio (Excertos)
A vida e
a morte da Santíssima Virgem Maria, sua divina maternidade e sua deliciosa
pureza são, há dezenove séculos, o atrativo, o triunfo e, de certa maneira, a
beleza do Cristianismo. Todo o plano da Encarnação e da Redenção se prende à
Virgem Santa que nele surge e permanece como a mais bela e mais delicada obra
de Deus Onipotente: Maria, Virgem e Mãe, Maria, Mãe de Jesus, Maria, que se
tornou por eleição de seu Filho, a mãe dos homens, permanece para toda a Igreja
Rainha maravilhosa “que avança como a aurora, bela como a lua, pura como o sol,
terrível como um exército em ordem de batalha". O esplendor dessa
claridade ultrapassa toda expressão e, por toda parte e sem cessar, Ela nos dá
o Senhor. Como afastar-se então de tal figura, como contemplá-La
suficientemente; como estudá-La sem quedar maravilhado? Mas como poderão a
fraca inteligência e a pobre memória humanas exprimir suas grandezas e não
vacilar sob tal feixe de luzes?