

(Notas íntimas do diário de uma mãe brasileira)
Edição de 1937 - 128 págs
"[...] Quis Deus que o manuscrito caísse nas mãos do meu diretor espiritual, o qual insistiu para que eu o publicasse, dizendo poder resultar daí alguma glória a Deus e bem das almas. O que aí vai é a pura verdade, com exceção dos nomes das crianças, que se trocaram de propósito, para que os seus nomes verdadeiros só fiquem escritos no Livro da Vida."
São Paulo — Maio de 1937.
A Mamãe...
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A alma da criança é como uma cera branca nas mãos de seus pais, em especial de sua mãe... No seu coraçãozinho estão os germens de todas as virtudes, como de todos os vícios, tanto estes últimos, como aquelas, mais ou menos pronunciados, segundo as tendências naturais de cada criança. Mal abre ela os olhinhos para a vida, mal ensaia os primeiros passos, já começam as suas inclinações se pronunciarem... Egoísmo, cólera, gula, orgulho, curiosidade, falsidade, covardia, impureza... a par de generosidade, meiguice, humildade, simplicidade, retidão, franqueza, inocência... e aí, então, é que a mãe intervém, ajudando destruir uns, incentivando outras, procurando amoldar esta cerazinha branda, que é o coração da criança, nos moldes das virtudes cristãs.