
Serva de Deus Luísa Piccarreta
“A Pequena Filha da Divina Vontade”
Edição de (?) - 141 págs
Breve História do “Relógio da Paixão”
No ano de 1882, Luísa com a idade de 17 anos, para se preparar para o Natal, fez
uma Novena durante a qual meditava sobre os excessos do amor de Jesus por nós. No
final, teve uma visão inesperada do Menino Jesus, que a convidou a crescer sempre mais
na vida da sua Graça e do seu Amor. Para tal fim, disse-lhe para continuar a fazer outras
24 meditações sobre a sua Paixão e Morte, distribuindo-as pelas vinte e quatro horas do
dia.
A obra “O Relógio da Paixão” não é fruto da pena brilhante da sua escritora, mas
fruto da experiência de viver a Paixão de Jesus. A sua obra é precedida por mais de trinta
anos de experiência e é escrita por volta do ano 1913 ou 1914. Luísa não escreve por
iniciativa própria, mas por obediência ao seu confessor, o P. Aníbal M. Di Francia,
canonizado pelo Papa João Paulo II em 2004.
O seu confessor, P. Aníbal, o primeiro a publicar a obra de Luísa, deu-lhe o título:
“Relógio da Paixão” e ele fez quatro edições. A 1ª edição em 1915 com 5.000 exemplares,
a 2ª em 1916 com 2.000, a 3ª em 1917 com 10.000 e a 4ª em 1924 com 15.000. O Padre
Aníbal morreu em 1927 e as publicações foram retomadas pelo P. Benedetto Calvi, último
confessor de Luísa. Para além do italiano foram feitas outras edições em alemão. Todas
estas edições foram feitas com a devida aprovação.
Vários testemunhos referem que o P. Aníbal, o qual gozava de grande confiança por
parte do Papa Pio X, um dia veio a casa de Luísa, particularmente contente, e contou que
tinha levado o livro ao Santo Padre. Este pediu para ele lhe ler algumas páginas, e ele leu a
“Hora da Crucifixão” ou seja a 19ª Hora, das 11 horas ao meio dia; a um certo ponto, o
Papa interrompeu-o, dizendo: “Assim não, mas é preciso ler de joelhos: é Jesus que fala”.
Este livro foi retirado da circulação quando no ano de 1938, foi colocado no Índex,
com um decreto da Congregação do Santo Ofício. A mesma sorte tiveram outros escritos
de Luísa, publicados pelo seu Confessor. Nunca se soube, oficialmente, o motivo. A
condenação dos livros foi levantada pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, com
o voto de João Paulo II, no dia de Sábado Santo, 2 de Abril de 1994.
Finalidade do “Relógio da Paixão”
Quando terminou de escrever as Horas da Paixão, Luísa enviou-as ao seu
Confessor, P. Aníbal com um carta, na qual faz referência à finalidade da obra dizendo que
não se trata de narrar factos da vida de Jesus, mas de reparação.
“Reverendo Padre, dirija este apelo a todos: cumpra assim a pequena obra que o
meu amável Jesus me fez realizar. Digo-lhe também que a finalidade destas Horas da
Paixão não é tanto de narrar a história da Paixão, dado que existem muitos livros que
abordam este piedoso tema, e não seria necessário escrever outro; mas a sua finalidade é a
reparação, unindo os vários momentos da Paixão de Nosso Senhor à diversidade de tantas
ofensas e, juntamente com Jesus, fazer a digna reparação das mesmas, repondo, quase
tudo, aquilo que todas as criaturas Lhe devem; e daqui os vários modos de reparação;
nestas Horas, isto é, nalguns trechos abençoa-se e noutros compadece-se; nalguns louva-se
e noutros conforta-se o Sofredor; nalguns compensa-se e noutros suplica-se, reza-se e
pede-se. Por isso, Reverendo Padre, deixo-lhe [a tarefa] de tornar conhecida a finalidade
destes escritos, com um prefácio” [...]
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