Pe. Antônio d’Almelda Moraes Junior
Edição de 1942 - 70 págs
Fonte do original sem reformatação |
Prefácio
A doutrina
de Freud continua ainda em foco em muitos meios intelectuais e estudantinos. E,
à mingua de esclarecimentos e de orientação, devasta muitas mentalidades ainda
não formadas e deturpa o sentido moral de muita vida jovem. E até há indivíduos
que pretendem justificar certos métodos de vida, acobertando-se sob uma
aparência científica apoiada na doutrina de Freud. Em certos meios, professores
procuram inculcar nos alunos um programa de libertação sexual, tarando de antinatural
a moral católica, diminuindo nos jovens o senso do pudor cristão, e tudo isso
sob o título pomposo da doutrina freudiana.
Desejávamos
fazer um trabalho que pudesse, pelo menos, orientar e esclarecer os espíritos
jovens ou menos avisados sobre o assunto. Não tínhamos em mente apresentar qualquer
coisa de novo sobre a matéria. Pensamos unicamente em reunir, numa sequência
lógica, as opiniões e as críticas dos mais autorizados filósofos sobre a
doutrina. O trabalho insano de uma grande paróquia, acionando todo esse variado
mecanismo espiritual que as incursões do século XX exigem do trabalho de um
Pároco — tudo isso impediu a realização de uma obra acabada ou menos imperfeita.
Como,
porém, o nosso intento era o do Apostolado, evitando enganos ou esclarecendo as
mentalidades juvenis, lançamos ao público estas páginas. Reunimos aqui, juntamente
com algumas considerações pessoais, os trechos mais claros e uteis dos autores
que estudaram a matéria. Não há, portanto, novidade alguma no que escrevemos.
Aproveitamos
o resumo magnifico que o nosso querido amigo e sábio Dr. Lúcio dos Santos,
Professor da Universidade do Brasil, apresenta sobre, a doutrina freudiana, bem
como a sua crítica sumária do sistema. E, no correr do livro, pomos sempre o
leitor em contato com o trabalho esplêndido de Roland Dalbiez, que Marilain
considera um dos mais notáveis mestres sobre o assunto.
Por aí se
vê que o nosso trabalho tenta apenas aproximar os leitores dos trechos mais
notáveis sobre o aspecto moral da doutrina de Freud. Na falta de outro trabalho
que possa orientar as inteligências novas, oferecemos estas pobres páginas,
despretensiosas e humildes.
Guaratinguetá, 27 de junho de 1942.
Pe. Antônio d’Almelda Moraes Junior
Vigário de Guaratinguetá
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