Pe. José da Assunção Rolim, O.F.M.
Edição de 1942 - 302 págs
A QUEM
LER
O
«livrinho», que o leitor agora mesmo abriu e tem entre mãos, é parábola, romance
ou que é?
É talvez a história trágica de muita alma ...
O
seu autor, a bem dizer, não se preocupa com o que em verdade seja, nem com o
nome que lhe queiram dar, nem com que o louvem ou deslouvem.
Uma
só coisa pretende: ser lido e fazer bem.
Daí
0 jeito que lhe deu.
Muito
deseja haver acertado.
Que
Nossa Senhora de Fátima o leve às mãos dos muitos Panfilios e que a sua leitura
lhes faça muito bem ao espirito e ao coração.
Confio-Lhe
este meu «livrinho» no ano bendito das «bodas de prata de suas aparições na
Cova da Iria», certo de que Ela o aceitará benigna.
E
porque não, se ele é fruto da Mensagem que pelos pastorinhos enviou a todos os
portugueses, ao mundo inteiro?
«Rezai,
rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores que vão muitas almas para o
inferno», por não haver quem se mortifique e peça por elas.
Entre
mistério e mistério do terço, dizei:
«Ó
meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno...»
Não
somente assim falou às criancinhas, mas até lhes fez aparecer o hórrido
inferno, para que mais generosamente se sacrificassem pelos pecadores.
Elas
ficaram tão estarrecidas que, em seu dizer, se a visão durasse
mais alguns momentos, morreriam de pavor.
Deseja
a bendita Padroeira nossa que os sacerdotes preguem mais assiduamente do
inferno, porque a todos quer levar para o Céu.
Obedeceram-lhe
pasmosamente os pastorinhos.
E
nós havemos de desobedecer-Lhe?
Senhora
de Fátima
Eis
o óbolo de minha pobreza franciscana para a redenção dos Panfilios: este pobre «livrinho».
Abençoai-o
como abençoastes os pastorinhos da Cova da Iria.
Eles
imolaram-se pelos pecadores e a sua imolação foi e continua a ser fecunda de
conversões.
Que ele o seja também.
Lisboa, 13-IV- 1942
P. Rolim
o. f. m.
ÍNDICE
A quem ler
I
Panfilio
e o Dr. Pancrácio
II
Exprobração do Dr. Pancrácio a Panfilio
«Inferno
é esta vida!»
III
«0 inferno é uma invenção dos Padres!»
Falsidade histórica da objeção
Interesse que desperta o problema cruciante do além
O inferno é um dogma humano, uma verdade do senso comum
É o dogma fundamental de toda a religião e moral
Poderia o homem, o gênero humano, inventá-lo?
Dado a razão humana o pudesse inventar, não o inventaria
A Bíblia, a Tradição, a Igreja e o Inferno.
«A ideia do inferno já completou o seu tempo»
«Nunca
ninguém de lá voltou. Se voltasse acreditaria»
IV
Resposta de Jesus Cristo à objeção;
«Ninguém de lá voltou. Se voltasse, acreditaria»
Parábola do «Mau rico e do mendigo Lázaro».
Sua
exposição, objecções, reparos, perguntas e observações que suscita.
V
Radical materialismo e positivo de Panfílio;
«Não há inferno, porque com a morte tudo acaba»
Existência e espiritualidade da alma
A alma das plantas e dos animais
Ainda o princípio vital das plantas.
O princípio vital dos animais.
O princípio vital do homem.
O homem é incontestavelmente o rei da criação.
Que é então a alma do homem?
«Só existe a matéria»
O gênero humano e o materialismo.
Os positivistas negam a espiritualidade da alma, porque a não
veem
Que
é a matéria?
VI
Continuam as objeções do materialismo e positivismo contra a
espiritualidade da alma e as respostas da filosofia cristã: «A alma segue as
vicissitudes do corpo: envelhece com ele»
Alma e corpo estão natural, íntima, essencial e
substancialmente unidos. Temos ou não temos alma?
«Quando o cérebro está enfermo, o homem não pensa. Logo é o
cérebro que pensa»
«Grandes cérebros, grandes pensamentos. Pequenos cérebros,
pequenos pensamentos. Logo, é o cérebro que produz o pensamento»
«Seja como for o cérebro é que produz o pensamento»
«O cérebro segrega o pensamento como o fígado a bile»
«O pensamento humano tem antecedentes, concomitantes e
consequentes materiais. Logo é material. Portanto pode ser produzido pelo
cérebro»
Verdadeira noção do ser material
A
alma humana é imortal
VII
A alma não morre nem pode morrer
A alma humana não quer morrer
A alma humana quere ser feliz? Sê-lo-á
Quem nega o espiritualismo?
O espiritualismo e o gênero humano
Os intelectuais e o espiritualismo
Camponesa descrente
Não existe o inferno?!
Há pois inferno.
«Deus é bom! Deus é Pai!»
Parábola
do Filho pródigo
IX
O inferno, segundo Jesus Cristo
Pena de dano ou separação de Deus
Perder a Deus é perder todo o bem.
Perder a Deus é ser entregue a todos os males.
O tormento do remorso.
A maldição de Jesus Cristo
Pena do sentido.
A pena do fogo.
Trevas.
Choro e ranger de dentes.
Suplício da fome e sede
A
companhia do Diabo e seus anjos
X
Viagem, em espírito, ao Kilauéa
Paraíso do Pacífico
Prosseguem as objeções contra a eternidade das penas
A eternidade das penas e a natureza humana
Não repugna à razão
Não repugna à liberdade.
A eternidade das penas e os atributos divinos
A eternidade das penas e a sabedoria de Deus
A eternidade das penas e a soberania de Deus
A eternidade das penas visa também garantir a observância da
lei
A economia da eternidade das penas garante o bem geral do
mundo, a ordem e a paz entre os homens
A veracidade de Deus e a eternidade das penas
A eternidade das penas e a infinita paciência de Deus
A Divina Providência e a eternidade das penas
«Deus não nos criou para nos condenar»
«Porque criou pois os que se haviam de condenar?»
A
santidade de Deus e a eternidade das penas
XI
A justiça de Deus e a eternidade das penas
Há proporção entre a culpa e a pena
«Que proporção pode haver entre um pecado que se comete num
momento e uma eternidade de tormentos?»
«Como? O inferno eterno por-um só pecado e de pensamento?»
«Mas, sofrendo tanto os condenados, como se não arrependem?»
«Porque lhes não perdoa?»
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