Carlos Bourgeois, S.J.
Edição de 1954 - 135 págs
PRÓLOGO
Após o reino de Salomão há 3.000 anos a Bíblia nos deu o exemplo da cisão do povo judeu em 2 reinos: o de Judá e o de Israel.
Esta separação em dois grupos foi anunciada pelo profeta como uma punição pelas prevaricações de Salomão na sua velhice: deve-se o rompimento da unidade aos pecados do velho rei.
As consequências foram terríveis; uma sucessão de maus reis como Achab em Israel, o enfraquecimento do povo, suas lutas fratricidas e a deportação para a Babilônia foram a consequência das faltas de um só e do esquecimento das promessas feitas à tribo de Judá, ao redor da qual se deveria reunir todo o povo judeu, para assegurar a realização do Messianismo prometido.
Atualmente, se há duas igrejas, chamadas uma Católica e outra ortodoxa, deve-se ao fato de ter havido uma cisão, uma separação mútua, um cisma, entre essas duas partes da mesma família de Cristo.
Essa separação foi levada a efeito o dia 16 de Julho de 1054. Antes dessa data, embora tivesse havido não poucas desinteligências entre a parte " oriente ” e a parte “ ocidente ” existia, contudo, tão somente uma única Igreja cristã.
Essa data do dia 16 de Julho de 1054, data nefasta nos anais cristãos, quando o Cardeal Humberto depositou na Igreja de Sófia em Constantinopla a Bula de Excomunhão contra o Patriarca Miguel Cerulário, marca o rompimento dessa admirável união ou melhor unidade que prevaleceu na Igreja, durante os primeiros dez séculos.
Após 900 anos queria propor aqui um mês de reflexões e de oração para considerar a história do Cisma bizantino, cuja repercussão influi atualmente em todo o mundo cristão.
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