14 agosto, 2024

O Brasil de almas heroicas ➜ A Santinha de Macapá


[...] Padre Júlio precisava de tratamento contra uma terrível ferida que tinha na perna direita e que apresentava sinais de gangrena, se a lesão não recrudescesse fatalmente sua perna seria amputada.  Padre Júlio passou a rogar pela interveniência de Irmã Celeste junto a Maria Santíssima. Milagrosamente a ferida cicatrizou.[...]


PRÓLOGO

   Há 14 anos que o presente livro dormia, manuscrito, em meu arquivo. A vida da Irmã Maria Celeste, este anjo da Eucaristia, não fora propriamente escrita para o público, mas para o uso das Irmãs, suas companheiras de convento, no intuito de perpetuar entre elas o espírito de sacrifício e de amor eucarístico que distinguiu esta jovem religiosa, falecida aos 17 anos de idade.
   Este livro distingue-se muito de outras biografias de almas santas.
   Não é uma autobiografia, como nos deixaram, por obediência, Santa Teresa d’Ávila e Santa Teresinha de Lisieux.
   Não é uma biografia, recolhida em tradições longínquas e reconstituída pelos documentos da história.
   É uma vida pegada em flagrante.
   Tudo aqui foi visto, ouvido, presenciado, desde o berço até ao túmulo, desde os primeiros anseios até às últimas palavras, na agonia.
   Tudo se sucede simplesmente, tudo se desenvolve no seu ambiente natural. É uma vida como que filmada: ao assistente ver, admirar as lutas, as quedas e os triunfos.
   É uma vida vivida, e escrita para ser vivida pela imitação.
   Estas páginas não eram para sair do silêncio claustral.
   Escrevi-as, logo depois da morte da jovem religiosa.
   Os dois últimos capítulos foram feitos ao lado do seu corpo inanimado. Naquela hora recolhi cada palavra e cada gesto da sua longa e dolorosa agonia.
   Completei esta primeira narração, logo depois, no convento, entre as Irmãs, que conheceram e observaram a vida e as lutas da Irmã Celeste. Disse tudo o que eu mesmo tinha visto e ouvido, e acrescentei o que as suas companheiras me comunicaram das suas observações pessoais.
   Reconstituí assim uma vida que excitara a admiração de todos, e cuja lembrança desejava fazer perdurar no espírito das testemunhas oculares e das Irmãs que para o futuro viriam a conhecê-la apenas pela fama.

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   Durante muitos anos estas notas foram lidas pelas Irmãs, com grande proveito espiritual, durante as refeições, por ocasião do retiro anual.
   Multiplicaram-se as fundações da Congregação e tornou-se difícil fazer cópias para cada uma: resolvi por isso editar o livro e dar ao público o que até hoje havia sido patrimônio particular da Comunidade.
  Intimamente associado a todos os momentos da sua existência, foi-me fácil penetrar no âmago da alma da Irmã Maria Celeste, e retratá-la fielmente, tanto em sua vida interior como em seus atos exteriores.
   O que interessa nesta vida é precisamente esta marca do imprevisto, este quê de natural, de simples, de ausência do preparado, de vida enfim.
   É a história de uma alma. Decidida. Enérgica. Em luta contra o seu gênio, seus defeitos, suas inclinações. Alma que quer santificar-se a todo custo e se eleva a sublimes alturas de vida espiritual.
   Esta biografia será para as jovens do mundo uma verdadeira revelação da vida do Convento, como será para as religiosas um modelo de virtudes, e até um ideal que devem procurar realizar.
   Possa a presente biografia mostrar a todos, que também no Brasil há almas heroicas, raça de santos e que sob o Cruzeiro do Sul, a santidade não é uma flor exótica, como alguns pensam, mas que é tão brasileira quanto de qualquer nação cristã.
   Elevar as almas... aproximá-las de Deus... estimulá-las à perfeição, mostrando-lhes mais um exemplo a imitar, tal é a única aspiração do autor.

P. Júlio Maria, S. D. N.




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O SANTO DE AUSCHWITZ

Assim dizia São Maximiliano Kolbe:

"De muito boa vontade oferecemos leituras gratuitas a todos aqueles que não possam oferecer nada para esta obra, mesmo privando-se um pouco."

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