

Dividido em duas partes
Para uso da escolas cristãs
por São João Batista de La Salle
215 págs
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    É surpreendente que a maioria dos cristãos considere a cortesia e a civilidade apenas como qualidade puramente humana e mundana, e ao não pensarem em elevar mais alto seu  espírito, não a considerem como virtude que tem relacionamento com Deus, com o próximo e  consigo mesmo. 
   Contudo é somente este espírito que deve animar todas as ações para torná-las santas e  agradáveis a Deus [...] não há nenhuma de vossas ações que não deva ser  santa, também não há nenhuma que não deva ser feita por motivos puramente cristãos. 
   É o que os pais e as mães estão obrigados a tomar em consideração na educação de seus filhos,  e é ao que os educadores e educadoras, encarregados da instrução das crianças, devem prestar uma atenção especial.  Ao lhes darem as regras de cortesia, NUNCA devem esquecer de  lhes ensinar que é preciso pô-las em prática somente por motivos puramente cristãos e que se  referem à glória de Deus e à salvação. Bem longe de dizer às crianças, que dirigem, que se não fizerem tal coisa, serão censuradas; que não se terá estima por elas; que serão levadas a  ridículo; coisas todas que somente servem para lhes inspirar espírito do mundo e para as afastar do espírito do Evangelho.   
    A Cortesia e a Civilidade não consistem propriamente apenas em práticas de modéstia e de respeito para com o próximo e como a modéstia se manifesta de maneira particular na atitude  e no respeito para com o próximo, nas ações ordinárias que se praticam quase diariamente em  presença dos outros, por isso decidiu-se tratar neste Livro de duas coisas em separado:
1º - Da modéstia que deve aparecer no porte e na atitude das diferentes partes do corpo.
2º - Dos sinais exteriores de respeito ou de afeto especial que se devem manifestar nas  diferentes ações da vida a todas as pessoas em presença das quais se realizam e com quem se  possa ter relações normais.
 
 



