25 agosto, 2011

Lutemos contra o nosso terrível amor próprio

Pe. Ascânio Brandão
Livro de 1941 - 34 págs


Evitemos a falsa humildade; aquela em que se humilha para receber elogios!

"Há os que se irritam com a humilhação, os que a sofrem e os que a aceitam. Os primeiros são culpados, os segundos escapam do pecado, os últimos se santificam!"
São Bernardo

  Nestes dias de tanto orgulho satânico a perder as almas, sejamos humildes em espírito de reparação pelo orgulho dos homens.
  Jesus Crucificado seja a nossa grande lição e nosso remédio eficaz na cura de nosso orgulho. “E se tal remédio não cura nosso orgulho, diz Sto. Agostinho, não sei o que o poderá curar”.
  Lutemos contra o nosso terrível amor próprio. Empreguemos a arma da humildade e sairemos vencedores. Lembremo-nos de que o Reino do Céu é dos pequeninos e dos humildes.


A Raiz da Santidade



   A raiz tira da terra a seiva da vida que faz crescer as grandes árvores. Seja amargo ou insípido o que ela suga, pouco importa. É a vida que há-de receber e dar.  A raiz é sempre desconhecida, calcada aos pés. Trabalha em segredo para uma glória que nunca lhe virá. Recebe para dar. Quem é que louva uma raiz quando colheu de uma   árvore algum fruto belo e saboroso?
  Ai! nunca recebe uma gota de orvalho, um raio de sol. Não goza a frescura das  brisas. Em torno dela tudo é frio e seco, isolamento e silêncio.
   Se mão benfazeja derrama sobre ela um pouco d'agua fresca, só a recebe muito suja.
  Alimenta-se de pura lama. O que sustenta a raiz e a torna vigorosa, cheia de seiva? O esterco.
Se uma pobre raiz julga ter o direito de sair um pouco debaixo da terra, e vir respirar o ar de fora, logo a foice a corta sem dó. Ela não pode absolutamente aparecer. A árvore se carrega de frutos. E os bons frutos nunca ela os  há-de ver sequer. Os maus, os frutos podres, estes só, lhe serão atirados como esterco.
   E se a raiz quisesse ver a sua obra de vida, o que produz a seiva que ela fornece, deixaria de ser raiz, ficaria bem seca e nada mais produziria.
   Quanto mais oculto e profundo é o trabalho de uma raiz tanlo mais fecundo.
   E quando esta raiz é uma alma! Ei-la quanto mais na aparência aniquilada, tanto mais produz para a glória de Deus e a salvação dos outros.
  "Se quereis viver unido a Nosso Senhor, oh! antes de mais nada, é preciso ser raiz, isto é, ser humilde, oculto com Jesus em Deus para ser fonte de Vida em Jesus".
Pe. J. Dosda – “L’union avec Dieu”



"Meu Deus! Que eu Vos conheça e me conheça! Senhor! fazei-me bem humilde, bem pequenino, livrai-me das ilusões perigosas do meu amor próprio!"
Santo Agostinho




Uma excelente oração para nos ajudar a adquirir a Virtude da Humildade é a "Ladainha da Humildade".

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O SANTO DE AUSCHWITZ

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