Lírios Eucarísticos
Dom Joaquim G. de Luna, O.S.B.
Livros de 1934 e 1939
Volume 1
Primeira Série
Livro de 1934 - 217 págs
[...] Não
é história inventada ou produto da imaginação o que está narrado aqui. São
fatos reais dignos de serem imitados[...]
Volume 2
Segunda Série
Segunda Série
Livro de 1939 - 211 págs
[...] Lede
com atenção estas páginas e lede-as muitas vezes. Nelas encontrareis exemplos
de virtudes a imitar[...] Jesus vos ama muito. Ele quer possuir os vossos
corações, quer santificar as vossas almas[...]
~ * ~
ÀS MÃES DE FAMÍLIA
Mães
Cristãs!
É o
presente livro a continuação do primeiro que, com o título de LÍRIOS
EUCARÍSTICOS, presenteei aos vossos filhinhos. É um feixe de dados biográficos
de meninos piedosos, dos nossos tempos, que foram chamados por Deus ao
desabrochar da vida. Como botão, foram colhidos pelo divino jardineiro para
ornarem o trono do Senhor.
O que
distinguia esses meninos, era um grande e terno amor a Jesus-Hóstia, ao Deus Escondido
em nossos altares, onde dia e noite convida a todos a se aproximarem Dele,
sobretudo os que sofrem: Vinde a mim
todos vós que sofreis e eu vos aliviarei (Mat. 11-28).
Mães
cristãs! Jesus tem fome e sede dos corações dos vossos filhinhos. Sim, Ele tem
fome e sede desses corações puros e inocentes, afim de preservá-los do mal,
afim de formá-los na virtude e santidade. É pois Jesus o grande amigo dos
meninos, o grande amigo das crianças: Deixai
que venham o mim os pequeninos (Mc. 10-14). Jesus quer tomar posse dos corações
dos vossos filhinhos para que eles sejam bons e virtuosos, para que sejam a vossa
consolação.
Mas,
para que os vossos filhos sejam dóceis e obedientes, bons e virtuosos, para que
sejam mais tarde modelos na sociedade, é necessário que eles cresçam num ambiente
de piedade. É preciso que conservem o pureza do coração; que amem a Deus e desenvolvam
os virtudes, desde o despertar da inteligência.
Quantas
mães não têm derramado lágrimas copiosas, lágrimas grossas e amargas por não
terem encaminhado os filhos, desde pequenos, no amor de Deus, na prática das
virtudes, no combate aos seus defeitos! Não é fazendo em tudo a vontade dos filhinhos
que as mães formam os corações desses entes queridos, que preparam filhos
obedientes e carinhosos!
Mães
Cristãs!
Lembrai-vos
da vossa missão! Ela é santa! Ela é sublime! Os pais recebem de Deus o encargo
de aumentar o número dos santos no céu. São eles, de certo modo, cooperadores
de Deus na grandiosa obra da criação. Por isso, receberam a bênção do ministro do
Senhor ao pé do altar no dia em que se uniram pelos laços indissolúveis e
sagrados do matrimônio. Devem, portanto, receber os frutos dessa união como bênção
do céu e não considerá-los como fardo pesado e incômodo, do qual se possam
eximir.
Mas para
que essa missão seja completa, para que ela corresponda aos desígnios do
Criador, é mister que os pais eduquem os filhos para Deus, que os encaminhem na
prática das virtudes. É dever de ambos os pais. Entretanto, o papel principal
nesse trabalho tão belo quanto necessário toca à mamãe. É ela que deve formar
o coração dos filhinhos. A ela compete o cuidado de desenvolver as virtudes, ainda
adormecidas, que eles receberam em gérmen com a graça do batismo. Porquanto,
adormecidos estão também na criança os maus instintos, as paixões, triste
herança que todos nós recebemos dos nossos primeiros pais.
Como jardineiro
previdente, deve, pois, a mamãe cultivar com cuidado e carinho as florzinhas das
virtudes, desde o desabrochar da inteligência dos filhinhos e, solícita,
cortar as más ervas dos vícios logo ao despontarem.
Procurai,
portanto, mães carinhosas, incutir no espírito dos vossos filhinhos a piedade!
Encaminhai-os para Jesus. Ensinai-lhes a amá-lo no Sacramento do amor. Preparai-os
para a Primeira Comunhão, logo que cheguem ao uso do razão; e uma vez que
tenham os conhecimentos necessários, conduzi-os ao banquete eucarístico e procurai
que Eles depois comunguem com frequência, afim de que Jesus-Hóstia seja a
salvaguarda dos corações dos vossos filhinhos sobretudo na idade crítica.
Preservai
os vossos filhos das más companhias, das más leituras, dos maus cinemas.
Desenvolvei neles o amor à virtude e à verdade, o horror ao pecado, à
insinceridade, à hipocrisia, à simulação, à mentira. Procurai encher a fantasia
dos vossos filhinhos com exemplos de ações nobres, de ações generosas, com
exemplos de histórias (verdadeiras) edificantes e atos de virtudes, de modo o
gravar na criança a imagem dessas ações e excitar nelas o desejo de imitá-los.
A fantasia do criança é muito sensível ás primeiras impressões, que se gravam
nela para toda a vida.
Para
isto serve o história edificante da vida desses meninos piedosos que, sendo dos
nossos tempos, são exemplos de virtudes para os vossos filhos. E não penseis,
mães carinhosas, que os vossos filhinhos, imitando as virtudes desses pequenos
e tornando-se, como eles, bons e santos, irão por isso morrer ainda jovens,
morrer cedo como eles! Não! Mil vezes, não! É preciso que os vossos filhos
sejam bons e santos, desde pequenos, para que mais tarde sejam homens de
caráter e de fé robusta; pais e mães de família tementes a Deus e de virtudes
sólidas, modelos na nossa sociedade.
E a
vossa missão será então completa e o vosso coração exultará de justa e santa
alegria segundo as palavras do Livro dos Provérbios: O pai do justo exulta de prazer... Tenham esta alegria o teu pai e a
tua mãe e exulte a que te deu à luz. (Prov 123, 24-25).
São Paulo, Mosteiro de São
Bento — Natal de 1937
DOM JOAQUIM G. DE LUNA, O. S. B.
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