14 dezembro, 2018

"O Reino de Deus não é deste mundo, mas ele deve começar neste mundo"


Abade Charles Moeller
Edição de 1968 - 211 págs


Orelha do Livro

Bloqueado pela serra das invenções técnicas e pode-se dizer, por suas próprias criações, o homem de hoje, apesar das brechas que lhe consintam entrever perspectivas promissoras de realização grandiosa, se encontra emaranhado em problemática aguda, cujo solução se coloca em termos de sobrevivendo ou não-sobrevivência.

O homem de hoje, homem tragicamente em crise, apela por uma saída honrosa, que não lhe manche a dignidade de ser livre e responsável. Forças inusitadas lhe pressionam a exigência de soluções rápidas, supercerebralizadas, para esquemas montados por ele mesmo.
O homem moderno se criou problemas e perigos que clamam por riscos imprevistos e imprevisíveis. E essa situação se refaz tanto mais angustiante, quanto mais precisa se torna a realidade de ter o homem lançado à queima todos os sistemas do segurança do passado. Hoje, o homem é o homem nu: despojado de confiança, porque saboreou os frutos da árvore da ciência. No Antigo Testamento, Israel se agarrara ao "rochedo de salvação"; os cristãos da Nova Aliança puseram esperanças na "cruz".
E ao homem do século XX, o que lhe resta? Que fé, que esperança, que salvação? Em que máquina ou em que supermáquina há de dissolver a angústia que lhe frustra a existência?
Charles Moeller, estudioso das implicações teológicas e metafísicas na moderna literatura (cf. Literatura do Século XX e Cristianismo, Flamboyant), retorna à pesquisa em A Angústia do Homem Moderno, subtraindo-lhe os elementos em torno do tema salvação, conforme à proposição e análise de romancistas e poetas, sobretudo ingleses e franceses. Em dados precisos, e profundamente interpretados, o Autor busca, não só um levantamento estatístico, mas muito mais propor uma mensagem de esperança, de fé e de alegria a todos os homens que se preocupam com o amanhã da Humanidade Total.
Dário Deschamps

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ÍNDICE

Prefácio
PRIMEIRA PARTE
ELEMENTOS BÁSICOS DE INSERÇÃO, OBSTÁCULOS
Capítulo I
Literatura da salvação, literatura da felicidade
Capítulo II
Pluralismo e cristandade
I. Os homens já não se entendem
II. Insularidade e cristianismo
Capítulo III
A salvação como dado objetivo
I. Justiça
II. Vida e amor
1. A sobrevida
2. Amor e intersubjetividade
III. Lei
1. Culpabilidade
2. Necessidade de um juiz
3. Necessidade de um pai
Capítulo IV
A salvação como dado objetivo
I. Responsabilidade e valor
II. A filiação
III. Disponibilidade e criatividade
SEGUNDA PARTE
CONTRIBUIÇÕES POSITIVAS AO PROBLEMA DA SALVAÇÃO
Capítulo I
Um escritor-ponte: Saint-John Perse
Capítulo II
Salvação pessoal
I. Uma literatura que não se pode colocar na mão de todos
II. Sociedade “balzaquiana” e salvação
1. Os êmulos de Balzac
2. O único drama
III. Mediação dos outros
VI. O mecanismo da graça
Capítulo III
Salvação do universo
I. Amor
1. T-S Eliot e o amor como comunhão e perdão
2. Sigrid Undset e o amor transfiguração
II. Ressurreição: Ch. Péguy
III. Unidade
1. Paul Claudel e a árvore da Cruz
2. Gertrud von Le Fort e o tormento da unidade
a) A unidade política
b) A unidade religiosa
c) A unidade cristã
d) Roma e Jerusalém
Conclusão

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