Abade Charles Moeller
Edição de 1968 - 211 págs
Orelha do Livro
Bloqueado pela serra das invenções técnicas e pode-se
dizer, por suas próprias criações, o homem de hoje, apesar
das brechas que lhe consintam entrever perspectivas promissoras de
realização grandiosa, se encontra emaranhado em problemática aguda, cujo
solução se coloca em termos de sobrevivendo ou não-sobrevivência.
O homem de hoje, homem tragicamente em crise, apela por uma saída
honrosa, que não lhe manche a dignidade de ser livre e responsável.
Forças inusitadas lhe pressionam a exigência de soluções rápidas,
supercerebralizadas, para esquemas montados por ele mesmo.
O homem moderno se
criou problemas e perigos que clamam por riscos imprevistos
e imprevisíveis. E essa situação se refaz tanto mais angustiante,
quanto mais precisa se torna a realidade de ter o homem lançado à queima
todos os sistemas do segurança do passado. Hoje, o homem é o homem nu:
despojado de confiança, porque saboreou os frutos da árvore da ciência. No
Antigo Testamento, Israel se agarrara ao "rochedo de salvação"; os
cristãos da Nova Aliança puseram esperanças na "cruz".
E ao homem do século XX,
o que lhe resta? Que fé, que esperança, que salvação? Em que máquina
ou em que supermáquina há de dissolver a angústia que lhe frustra a existência?
Charles Moeller, estudioso
das implicações teológicas e metafísicas na moderna literatura (cf. Literatura
do Século XX e Cristianismo, Flamboyant), retorna à pesquisa em A
Angústia do Homem Moderno, subtraindo-lhe os elementos em torno
do tema salvação, conforme à proposição e análise de romancistas e poetas,
sobretudo ingleses e franceses. Em dados precisos, e profundamente
interpretados, o Autor busca, não só um levantamento estatístico, mas
muito mais propor uma mensagem de esperança, de fé e de alegria a
todos os homens que se preocupam com o amanhã da Humanidade Total.
Dário Deschamps
~ * ~
ÍNDICE
Prefácio
PRIMEIRA PARTE
ELEMENTOS
BÁSICOS DE INSERÇÃO, OBSTÁCULOS
Capítulo I
Literatura
da salvação, literatura da felicidade
Capítulo II
Pluralismo
e cristandade
I. Os homens já não se entendem
II. Insularidade e cristianismo
Capítulo III
A
salvação como dado objetivo
I. Justiça
II.
Vida e amor
1.
A sobrevida
2. Amor e intersubjetividade
III.
Lei
1.
Culpabilidade
2.
Necessidade de um juiz
3. Necessidade de um pai
Capítulo IV
A
salvação como dado objetivo
I. Responsabilidade e valor
II. A filiação
III. Disponibilidade e criatividade
SEGUNDA PARTE
CONTRIBUIÇÕES
POSITIVAS AO PROBLEMA DA SALVAÇÃO
Capítulo I
Um
escritor-ponte: Saint-John Perse
Capítulo II
Salvação
pessoal
I. Uma literatura que não se pode colocar na
mão de todos
II.
Sociedade “balzaquiana” e salvação
1.
Os êmulos de Balzac
2. O único drama
III. Mediação dos outros
VI. O mecanismo da graça
Capítulo III
Salvação
do universo
I.
Amor
1.
T-S Eliot e o amor como comunhão e perdão
2. Sigrid Undset e o amor transfiguração
II. Ressurreição: Ch. Péguy
III.
Unidade
1.
Paul Claudel e a árvore da Cruz
2.
Gertrud von Le Fort e o tormento da unidade
a)
A unidade política
b)
A unidade religiosa
c)
A unidade cristã
d) Roma e Jerusalém
Conclusão
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