R.-P. Monjardet - J. M. Perrin, O. P.
Th. Dehau, O. P. - A.-M. Carré, O. P.
Edição de 1964 - 300 págs
Esta
obra compõe-se de quatro opúsculos preciosos, quatro balizas no caminho certo da
perfeição cristã na vida conjugal, de autêntica espiritualidade do lar:
Perfeição Cristã e Vida Conjugal, por M. Perrin, O.P. — Em Mat 19, 12, Nosso Senhor,
depois de aconselhar a renúncia ao estado conjugal “por amor ao Reino dos Céus",
faz esta grave observação: “Quem puder compreender, compreenda!” Será que isto
implica numa inacessibilidade da perfeição cristã para os casados? De modo algum.
E é o que o autor prova magistralmente em seu opúsculo, num estilo que agrada e
absorve por sua simplicidade.
Paz a Esta Casa, por R.-P.
Monjardet.
— Temos aqui páginas admiráveis de uma dona de casa, de uma mãe de família, que
fala com singeleza de sua própria experiência cotidiana. Absorvidos pelos trabalhos
e preocupações de cada dia, esquecemo-nos muitas vezes da sublimidade que constitui
a realidade do lar. O lar é “mansão da paz, sendo como é (como deve ser) a habitação
de Deus. Com que energia, convicção e calor a autora nos apresenta esta verdade!
Sinceramente, não sabemos dizer qual dos opúsculos é o mais precioso, se este,
se os demais, de tal modo eles se completam.
Família e Sagrada Família, por Th. Dehau.
O.P. —
Como o próprio autor frisa na introdução de seu opúsculo, os textos de sua obra
foram pregados na Igreja de Notre Dame em Paris. Trata-se, pois, de um livro
diferente, que tem todo o sabor, todo o frescor de uma pregação dominical. O
autor apresenta como modelo às famílias cristãs a Sagrada Família, reflexo mais
perfeito da Trindade Santíssima. Chama atenção aos pais para a sublimidade e
responsabilidade de sua vocação. Ser pai é a maior honra que existe neste
mundo. A própria vocação sacerdotal, a mais sublime das vocações, é uma vocação
de paternidade; paternidade espiritual, sem dúvida, mas paternidade real.
Agora, é mister realizar a paternidade, tal como o Pai a quer. E é o que o
autor procura fazê-lo, e o faz com muita felicidade.
Companheiros para a Eternidade, por A.-M. Carré, O.P. — neste pequeno trecho, tirado do magnífico
trabalho de A.-M. Carré, dá-nos uma ideia clara de sua substância; “O
matrimônio é um estado de vida. É por uma vocação divino-humana que o cristão nele
ingressa. Não digais: aventura fortuita, modificação parcial do ritmo ordinário
de uma existência ou simples contrato de direitos e deveres orientados para o
bem comum. Na voz do próprio sangue, como na do espírito humano, ecoa a ordem
do Criador, registrada no livro do Gênesis: “Criou-o à imagem de Deus, criou-os
homem e mulher” (Gên 1, 27). Deus participou, então, sua felicidade a dois seres
que iriam formar a humanidade e povoar a terra, e que, destinados a se
completarem, haveriam de reproduzir, unidos e não isoladamente, a imagem do
próprio Deus uno e trino”.
ÍNDICE
PAZ A ESTA CASA
Prefácio
I - Lar, morada de paz
II - Um lar é uma instituição divina
III - Um lar é um asilo seguro
IV - Um lar é uma harmonia de vidas
V - Um lar é uma união dos corações
VI - Um lar é o preço de um combate
VII - Um lar é também um altar
VIII
- Paz do lar e paz do mundo
PERFEIÇÃO CRISTÃ E VIDA
CONJUGAL
Prefácio
PRIMEIRA PARTE
PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO
I - Vida cristã e perfeição
II - Perfeição cristã e Caridade
III - Matrimônio e vida de caridade
IV - O matrimônio e a perfeição da caridade
SEGUNDA PARTE
SUGESTÕES DE VIDA
V - A Providência em nossa vida
O amor
O filho
O peso da vida
VI - A influência do Evangelho
Bem-aventurados os pobres de espíritos
Espírito até na carne
Em seguimento do Senhor
VII - Mística conjugal
A alma do lar
Liturgia familiar
A parábola de vida
VIII - Irradiação do lar
IX - As colunas do lar
Vida sacramental
O amigo do lar
Os agrupamentos e amizades dos lares
X
- A Sagrada Família
FAMÍLIA E SAGRADA FAMÍLIA
PRIMEIRA PARTE
O PAI
I - "Se sou o pai, onde está a honra que me é devida?"
Pai Nosso, em nome de toda a família
Do primeiro ao quarto mandamento
II - José em Nazaré, ou a autoridade do pai
Respeito dos pais, respeito dos filhos
Submissão de Jesus e de José
Cedei ao vosso coração de pai
SEGUNDA PARTE
A MÃE
I - A maternidade, complemento necessário da paternidade
Ordem divina ou anarquia em todos os domínios
Paternidade através do espaço e do tempo
Maternidade divina
II - Maria, nossa mãe, e Eva, mãe dos vivos
A harmonia em torno dos berços
Dois
corações, duas fontes
TERCEIRA PARTE
O FILHO
I - O culto do filho
As promessas do alvorecer
Eu disse: vós sois deuses
Quando S. José adorava o seu pequeno Jesus
II - A cultura do filho
Da flor dos campos que só precisa de sol, à vinha que é
necessário podar
Reflexões
com a tesoura na mão
COMPANHEIROS DE ETERNIDADE
Apresentação
I - O matrimônio é uma vocação
O matrimônio é um estado de vida
A escolha reciproca de duas criaturas
Um ser se dá totalmente a outro
A união de dois pecadores traz em si o princípio de sua ruptura
A Igreja só promete a eternidade aos amores que ela santifica
Um gesto essencial da humanidade
A Igreja cerca esta consagração de um rito expressivo
Os esposos dão um ao outro a graça
"Se o teu olho for puro, todo o teu ser será
luminoso"
Esta graça, como toda graça, vem de Cristo e é, portanto,
marcada com o sinal da Cruz
II - Como Cristo e a Igreja
Uma nova "dimensão" do matrimônio
O matrimônio, estado de caridade
Cada um é responsável pela alma do outro
Matrimônio e Eucaristia
A graça do matrimônio é uma graça humilde e cotidiana
Intimidade conjugal e vocação pessoal
Duas histórias divinas e paralelas
Mistério e fecundidade
Dar ao mundo seres pelos quais morreu Nosso Senhor
Lei natural e lei cristã
Quem perde a sua vida a encontra
III - Do amor à caridade
O homem e a mulher no lar
Para o homem, consagração e sacrifício
Olhos abertos sobre o ser que se ama
A missão própria da mulher
A mulher, potência permanente de acolhimento e intimidade
Valor profundo desta aceitação
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