Matias Aires Ramos da Silva de Eça
Edição de 1951 - 222 págs
Vanitas vanitatum, et omnia vanitas. (Ecl, 1, 2)
("Vaidade das vaidades, e tudo é vaidade.")
Editada duas vezes em vida do autor:
➜ 1ª edição - 1752 ➜ 2ª edição - 1761
Saíram depois:
➜ 3ª edição - 1778 ➜ 4ª edição - 1786
“... obra muito doutrinal e útil, e ordenada para fugir de um vício tão
transcendente e predominante...”
“... antes me parece muito útil despertar aos homens engolfados no desvanecimento
do mundo, do letargo e esquecimento da vida eterna, e os deixar surdos para as
enganosas adulações da vaidade, vício tão antigo como o mesmo mundo, e tão
universal como os mesmos homens, aos quais segue em vida, e de ordinário não
desampara na morte...”
“...E como todas estas Reflexões me parecem desenganos acertados para a
salvação, claro está que nenhum reparo me fica para a censura...”
“De todas as paixões, a que mais se esconde é a vaidade: e se esconde de
tal forma, que a si mesma se oculta e ignora: ainda as ações mais pias nascem
muitas vezes de uma vaidade mística, que quem a tem não a conhece nem distingue:
a satisfação própria, que a alma recebe, é como um espelho em que nos vemos
superiores aos mais homens pelo bem que obramos, e nisso consiste a vaidade de
obrar o bem."
"Trazem os homens entre si uma contínua guerra de vaidade; o conhecendo
todos a vaidade alheia, nenhum conhece a sua: a vaidade é um instrumento que
tira dos nossos olhos os defeitos próprios, e faz com que apenas os vejamos em
uma distância imensa, ao mesmo tempo que expõe à nossa vista os defeitos dos
outros ainda mais perto e maiores do que são. A nossa vaidade é a que nos faz
ser insuportável a vaidade dos mais; por isso, quem não tivesse vaidade não lhe
importaria nunca que os outros a tivessem."
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