PREFÁCIO
Chegamos à última crise, àquela na qual paramos de
falar da saúde dos governos, para nos ocupar apenas da saúde suprema da
sociedade". Estas são as primeiras palavras do prefácio com que Blanc de
Saint-Bonnet encabeçou o livro A RESTAURAÇÃO, escrito em 1850. Passou-se meio
século desta previsão.
Aquilo que os espíritos superiores podiam ler então nas ideias que tinham curso, nós lemos hoje nos fatos, nos acontecimentos ocorridos, mais ainda naqueles que estão se preparando e que são iminentes. Chegamos à última crise, àquela onde estaremos reduzidos a perguntar se a civilização não vai ser carregada como um fiapo de palha numa tormenta, e se a sociedade não vai ser aniquilada.
Uma revista inglesa, a Crusader, escrevia na mesma época:
"Vemos acumularem-se os sinais da grande e terrível luta na qual a Europa
será dividida em dois grandes campos: um para o ataque, outro para a defesa da
liberdade cristã. Nessa luta, as armas não serão somente intelectuais ou
morais, mas também materiais e físicas.
"Está próxima, com efeito, a hora em que a força
brutal e a tirania cesariana serão devoradas pelo socialismo que ronda as
sociedades modernas. Nessa hora, quando todos os poderes que vêm de Deus
tiverem sido esmagados pela Revolução, e que a seita, filha de Satã, quiser
reinar no mundo, os povos cristãos, forçados a defender seus altares e seus
lares, poderão reagir livremente contra as leis que se interpõem entre eles e
as leis da Igreja de Deus... Então virá a inevitável reação e a revolta contra
a impiedade e a anarquia. Então a juventude de cada região onde a Revolução
tiver posto o pé, exclamará com os Macabeus: "É melhor morrer combatendo
do que ver a desolação do santuário"; e jogando ao vento todos os cálculos
humanos, ela formará em cada país uma falange de homens pronta a defender até a
morte as liberdades conquistadas pela Cruz, pronta a se unir sob esse símbolo a
seus irmãos de todas as raças e todas as nacionalidades. Então as mulheres
enviarão seus filhos e seus esposos ao combate. Então os pais empunharão a
espada para defender a fé de seus filhos e a liberdade de seus altares".
Deus dar-lhes-á a vitória.
No livro intitulado A Conjuração Anticristã, demos, a
respeito dessas coisas, sem dúvida não há certeza, mas há esperança seriamente
fundada. Sobre as ruínas da Revolução deverão levantar-se novas construções.
Compete à juventude preparar-se para isso, pois é a ela que incumbirá essa
obra. A primeira preparação consiste em estudar as condições de existência, de
vida e de prosperidade que a sociedade humana reclama. Uma dessas condições é o
espírito familiar, que deve ser restaurado no lar, na cidade e no Estado.
ÍNDICE
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
EPÍLOGO
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