16 novembro, 2021

Antologia➜A Língua Portuguesa no Brasil➜Literatura

 

Marques Rebelo
FENAME/MEC
Edição de 1967 - 366 págs



[...]um retrato vivo e expressivo da vida brasileira, através da palavra escrita dos seus destacados prosadores e poetas. E assim surgiu a Antologia Escolar Brasileira. Uma rica seleção de textos, onde se reúnem contos, crônicas, poemas, cartas, discursos e capítulos de romances em que se faz sentir marcantemente a evolução da Língua Portuguesa no Brasil[...]


  A ANTOLOGIA ESCOLAR BRASILEIRA destina-se aos ciclos ginasial e colegial, cabendo ao professor manipulá-la consoante as necessidades do ensino, dela extraindo o que sirva de mais adequado suporte para a lição, seja ela de linguagem ou de informação literária. Para tanto escolhemos textos realmente significativos de nossa Literatura, em todos os estágios de sua evolução, sem todavia estabelecer classificações estéticas ou históricas, à base das diversas correntes literárias já que tal critério favorecer ia controvérsias, que no caso reputamos indesejáveis. Preferível achamos deixar essa tarefa ao professor, de acordo com o seu ponto de vista e seu método de ensino, mesmo porque não pretende esta ser uma Antologia de História Literária e, sim, da evolução da Língua Portuguesa no Brasil, embora Língua e Literatura mantenham intima correlação, a ponto de quase fundirem-se, donde a oportunidade das breves notícias biobibliográficas, que precedem cada autor, fornecendo os elementos circunstanciais que permitam a sua configuração no plano humano, social e literário.

Toda antologia resulta, é sabido, do gosto ou intenção do antologista. E aqui foi propósito manifesto agrupar o maior número cabível de autores, misturando prosa e poesia do mais variado sentido, e propiciando assim material farto e versátil para utilização didática Um ou outro talvez lograsse mais extensa e elucidativa representação, mais característica de sua obra, ou do seu estilo, não fora a destinação obviamente restritiva deste trabalho, no qual se tomava obrigatório evitar tropos que ferissem princípios políticos, religiosos, raciais e morais, circunstância que, contudo, não terá diminuído a importância do escritor. Embora houvesse a deliberação de escolher textos não divulgados ainda noutras antologias, pareceu-nos condenável e muitíssimo até, em certos casos, suprimíssemos exemplos que, por serem insistentemente editados, nem por isso poderiam ficar ã margem de uma antologia, sobretudo escolar. Há, porém, novidades, como a que nos permitimos sublinhar: a vantajosa quantidade de textos integralmente transcritos — contos, crônicas, cartas, discursos, prefácios, capítulos de romances, grandes poemas, e até uma comédia inteira de Martins Pena, famosa nas nossas letras teatrais, mas da qual sempre foi praxe antológica apresentar pequenas cenas, incapazes de espelhar o mérito do criador do teatro brasileiro — procurando com esse expediente despertar ou mais aguçar o interesse dos jovens.

A ordenação dos autores é feita no sentido dos mais recentes para os mais antigos, de sorte que o estudante tome inicialmente contato com aqueles cuja linguagem e motivação literária lhe sejam mais afins, mas estabelecemos que na ANTOLOGIA ESCOLAR BRASILEIRA somente aparecessem autores mortos. E um critério evidentemente discutível, tanto mais que alguns poucos prosadores e poetas, vivos ainda, e notáveis sob todos os aspectos, ensejariam matéria de superior qualidade para o aprendizado do idioma. Foi, porém, esse critério que reputamos o menos insatisfatório, acrescendo que autores há, incluídos pela primeira vez em antologia didática, que dão perfeitamente a conhecer as tendências atuais de nossa ascendente Literatura, marcada e valorizada pelo desenvolto manejo do Português que em nossa grande Pátria se fala, sem que, com tal nacional procedimento, sejam quebradas, ou arranhadas, as eternas raízes da Língua Portuguesa.

M.R.


ÍNDICE

Apresentação da Diretora da CNME

Apresentação do Autor

Carlos Pena Filho (1930-1960)

Para Fazer um Soneto

A Charles Baudelaire

Soneto

Mário Faustino (1930-1962)

Legenda

Nam Sibyllam

Augusto Frederico Schmidt (1906-1965)

A Partida

A Ausente

Luciana

Soneto ao Adormecido

João Alphonsus (1901-1944)

Galinha Cega

Cecília Meireles (1901-1964)

Canção

Modinha

Encomenda

Lamento do Oficial por seu Cavalo Morto

Fui Mirar-me

Antônio de Alcântara Machado (1901-1935)

Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria

José Lins do Rêgo (1901-1957)

Cangaceiros

Ribeiro Couto (1898-1963)

Passarito Feio

Navio Pirata

Santos

Rodrigues de Abreu (1897-1927)

Ao Luar

Cornélio Pena (1896-1958)

A Chegada

O Quarto

Ascenso Ferreira (1895-1965)

Os Engenhos de minha Terra

Carvalho Ramos (1895-1921)

Ninho de Periquitos

Raul de Leoni (1895-1926)

Noturno

Artista

Alceu Wamosy (1895-1923)

Duas Almas

Jorge de Lima (1893-1953)

Cantigas

Inverno

Soneto

Mário de Andrade (1893-1945)

Epílogo

Poemas da Amiga — 1

Quarenta Anos

Ronald de Carvalho (1893-1935)

Brasil

Graciliano Ramos (1892-1953)

Baleia

Eduardo Guimaraens (1892-1928)

Na Tarde Morta

Felipe de Oliveira (1891-1933)

Encruzamento de Linhas

Jackson de Figueiredo (1891-1928)

Carta a uma Irmã

Oswald de Andrade (1890-1954)

Infância

Contrabando

ÁIvaro Moreyra (1888-1964)

Há muitos Mundos

Godofredo Rangel (1884-1951)

O Grilo

Augusto dos Anjos (1884-1914)

O Lamento das Cousas

A meu Pai Morto

Monteiro Lobato (1882-1948)

Negrinha

José Albano (1882-1923)

Cantigas

Soneto

Lima Barreto (1881-1922)

O Enterro

João do Rio (1881-1921)

Junho de Outrora

Marcelo Gama (1878-1915)

Com o Sol

Auta de Souza (1876-1901)

O Beijar-Flor

Francisca Júlia (1874-1920)

Rústica

Valdomiro Silveira (1873-1941)

Última Carpa

Júlio Salusse (1878-1948)

Cisnes

Carlos Magalhães de Azeredo (1872-1963)

Despedida

Zeferino Brasil (1870-1942)

Soneto

Osório Duque Estrada (1870-1927)

Hino Nacional Brasileiro

Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)

Hão de Chorar por Ela os Cinamomos

A Catedral

Soneto

Afonso Arinos (1868-1916)

Joaquim Mironga (Tipo do Sertão)

Graça Aranha (1868-1931)

O Espírito Moderno (Fragmento)

Mário Pederneiras (1868-1915)

Velha Mangueira (Fragmento)

Euclides da Cunha (1868-1909)

A seca

Conclusão

Emílio de Menezes (1867-1918)

Girassol

Guimarães Passos (1867-1909)

Teu Lenço

Vicente de Carvalho (1866-1924)

Palavras ao Mar

Saudade

Dona Flor

Olavo Bilac (1865-1918)

Via-Láctea

O Caçador de Esmeraldas

Hino à Bandeira

Simões Lopes Neto (1865-1916)

O Negrinho do Pastoreio

Coelho Neto (1864-1934)

Mau Sangue

Farias Brito (1862-1917)

Filosofia e Poesia

Raul Pompéia (1863-1895)

O Ateneu

O Mar

Cruz e Souza (1861-1898)

Antífona

Monja

Violões que Choram

Triunfo Supremo

Eduardo Prado (1860-1901)

A História do Brasil

Augusto de Lima (1860-1934)

Serenata

João Ribeiro (1860-1934)

Os Clássicos, Modelos Eternos da Linguagem

Alberto de Oliveira (1859-1937)

O Muro;

A que se Foi

Alma em Flor

Horas Mortas

A Cancela da Estrada

A Casa da Rua Abílio

Crescente de Agosto

Cartão Postal

Raimundo Correia (1859-1911)

A Cavalgada

Anoitecer

A Ilha e o Mar

Saudade

Peregrina

Plenilúnio

B. Lopes (1859-1916)

Per Rura

Quando eu Morrer

Berço

Aluízio de Azevedo (1857-1913)

A Pedreira

Teófilo Dias (1857-1889)

Cismas à Beira-Mar (Fragmento)

José Veríssimo (1857-1916)

Esaú e Jacó

Artur Azevedo (1855-1908)

Plebiscito

Capistrano de Abreu (1853-1927)

Maurício de Nassau

Sílvio Romero (1851-1914)

Desenvolvimento Autonômico (1750-1830)

Joaquim Nabuco (1849-1910)

Massangana

Carta a Graça Aranha

Rui Barbosa (1849-1923)

O Adeus da Academia a Machado de Assis

Prece de Natal

Castro Alves (1847-1871)

O Navio Negreiro (Tragédia no Mar)

Último Fantasma

O Coração

Luís Guimarães Júnior (1845-1898)

A Borralheira

Visita à Casa Paterna

Barão do Rio Branco (1845-1912)

Carta a D. Pedro II

Visconde de Taunay (1843-1899)

Aurora

Franklin Távora (1842-1888)

A Cruz do Patrão

Fagundes Varela (1841-1875)

Cântico do Calvário

A Flor do Maracujá

Tobias Barreto (1839-1889)

Ao Sete de Setembro (1865)

Eu amo o Gênio

Pressentimento

Machado de Assis (1839-1908)

Ideias de Canário

A Flor do Embiruçu

A Carolina

Óbito do Autor

O Sineiro da Glória

Casimiro de Abreu (1839-1860)

Canção do Exílio

Meus Oito Anos

A Valsa

Minh’Alma é Triste

França Júnior (1838-1890)

Encomendas

Juvenal Galaio (1836-1931)

Cajueiro Pequenino

Luís Delfino (1834-1910)

Cadáver da Virgem

Junqueira Freire (1832-1855)

Morte (Hora de Delírio)

Álvares de Azevedo (1831-1852)

Tristeza

Se Eu Morresse Amanhã

Fragmentos de um Canto em “Cordas de Bronze”

Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)

Domingo do Espírito Santo

O Fogo no Campo

Luís Gama (1830-1882)

A Bodarrada

José de Alencar (1829-1877)

Verdes Mares Bravios

A Enchente

José Bonifácio, o Môço (1827-1886)

Teu Nome

Laurindo Rabelo (1826-1864)

Adeus ao Mundo

Bernardo Guimarães (1825-1884)

Prelúdio

Francisco Otaviano (1825-1889)

Ilusões da Vida

Gonçalves Dias (1823-1864)

Canção do Exílio

I-Juca-Pirama

Leito de Folhas Verdes

Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)

As Lágrimas de Amor

Varnhagem (1816-1878)

Prólogo

Martins Pena (1815-1848)

O Juiz de Paz da Roça

José Maria do Amaral (1813-1885)

Moestus sed Placidus

João Francisco Lisboa (1812-1863)

Cativeiro dos Índios

Gonçalves de Magalhães (1811-1882)

No Álbum de uma Veneziana

A Confederação dos Tamoios

Araújo Pôrto Alegre (1806-1879)

Descoberta da América

Maciel Monteiro (1804-1868)

Soneto

Evaristo da Veiga (1799-1837)

Hino da Independência

Monte Alverne (1784-1858)

Sermão de 25 de Março de 1831 (Fragmento)

José Bonifácio (1765-1838)

Exortação aos Brasileiros

Ode aos Baianos (Fragmento)

Silva Alvarenga (1749-1814)

Madrigal

Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)

Lira V — Parte II

Lira XXII — Parte II

Lira XXXVI — Parte II

Alvarenga Peixoto (1744-1793)

A D. Bárbara Heliodora

Esteia e Nize

Basílio da Gama (1741-1795)

A Morte de Lindóia

Caldas Barbosa (1738-1800)

Doçura de Amor

Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)

Soneto XVIII

Soneto LXIV

Soneto XCVIII

Santa Rita Durão (1722-1784)

Morte de Moema

Matias Aires (1705-1770)

Nascem os Homens Iguais

Rocha Pita (1660-1738)

O Brasil

Botelho de Oliveira (1636-1711)

A Ilha de Maré (Fragmento)

Gregório de Matos (1633-1696)

Verdades Miúdas

A uma Tormenta

Copias

Frei Vicente do Salvador (1564-1636)

Brasil

Anchieta (1534-1597)

A Santa Inês (na Vinda de sua Imagem)

Pelas Letras do Alfabeto

Bosques


__________
OBS.: Agradeço de forma muito especial ao benfeitor que tornou possível a esta obra estar aqui. Que Nossa Senhora lhe recompense muito e sempre por toda a generosidade!

Um comentário:

Alexandria Católica disse...

Amen.

É que com a ajuda dos leitores é possível divulgar cada vez mais excelentes obras raras!!!

Saudações!

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O SANTO DE AUSCHWITZ

Assim dizia São Maximiliano Kolbe:

"De muito boa vontade oferecemos leituras gratuitas a todos aqueles que não possam oferecer nada para esta obra, mesmo privando-se um pouco."

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