Toda antologia resulta, é sabido, do gosto ou
intenção do antologista. E aqui foi propósito manifesto agrupar o maior número
cabível de autores, misturando prosa e poesia do mais variado sentido, e
propiciando assim material farto e versátil para utilização didática Um ou
outro talvez lograsse mais extensa e elucidativa representação, mais
característica de sua obra, ou do seu estilo, não fora a destinação obviamente
restritiva deste trabalho, no qual se tomava obrigatório evitar tropos que
ferissem princípios políticos, religiosos, raciais e morais, circunstância que,
contudo, não terá diminuído a importância do escritor. Embora houvesse a
deliberação de escolher textos não divulgados ainda noutras antologias,
pareceu-nos condenável e muitíssimo até, em certos casos, suprimíssemos
exemplos que, por serem insistentemente editados, nem por isso poderiam ficar ã
margem de uma antologia, sobretudo escolar. Há, porém, novidades, como a que
nos permitimos sublinhar: a vantajosa quantidade de textos integralmente
transcritos — contos, crônicas, cartas, discursos, prefácios, capítulos de
romances, grandes poemas, e até uma comédia inteira de Martins Pena, famosa nas
nossas letras teatrais, mas da qual sempre foi praxe antológica apresentar
pequenas cenas, incapazes de espelhar o mérito do criador do teatro brasileiro
— procurando com esse expediente despertar ou mais aguçar o interesse dos
jovens.
A ordenação dos autores é feita no sentido dos mais
recentes para os mais antigos, de sorte que o estudante tome inicialmente
contato com aqueles cuja linguagem e motivação literária lhe sejam mais afins,
mas estabelecemos que na ANTOLOGIA
ESCOLAR BRASILEIRA somente aparecessem autores mortos. E um critério
evidentemente discutível, tanto mais que alguns poucos prosadores e poetas,
vivos ainda, e notáveis sob todos os aspectos, ensejariam matéria de superior
qualidade para o aprendizado do idioma. Foi, porém, esse critério que reputamos
o menos insatisfatório, acrescendo que autores há, incluídos pela primeira vez
em antologia didática, que dão perfeitamente a conhecer as tendências atuais de
nossa ascendente Literatura, marcada e valorizada pelo desenvolto manejo do
Português que em nossa grande Pátria se fala, sem que, com tal nacional
procedimento, sejam quebradas, ou arranhadas, as eternas raízes da Língua Portuguesa.
M.R.
Apresentação da Diretora da CNME
Apresentação do Autor
Carlos Pena Filho (1930-1960)
Para Fazer um Soneto
A Charles Baudelaire
Soneto
Mário Faustino (1930-1962)
Legenda
Nam Sibyllam
Augusto Frederico Schmidt (1906-1965)
A Partida
A Ausente
Luciana
Soneto ao Adormecido
João Alphonsus (1901-1944)
Galinha Cega
Cecília Meireles (1901-1964)
Canção
Modinha
Encomenda
Lamento do Oficial por seu Cavalo Morto
Fui Mirar-me
Antônio de Alcântara Machado (1901-1935)
Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria
José Lins do Rêgo (1901-1957)
Cangaceiros
Ribeiro Couto (1898-1963)
Passarito Feio
Navio Pirata
Santos
Rodrigues de Abreu (1897-1927)
Ao Luar
Cornélio Pena (1896-1958)
A Chegada
O Quarto
Ascenso Ferreira (1895-1965)
Os Engenhos de minha Terra
Carvalho Ramos (1895-1921)
Ninho de Periquitos
Raul de Leoni (1895-1926)
Noturno
Artista
Alceu Wamosy (1895-1923)
Duas Almas
Jorge de Lima (1893-1953)
Cantigas
Inverno
Soneto
Mário de Andrade (1893-1945)
Epílogo
Poemas da Amiga — 1
Quarenta Anos
Ronald de Carvalho (1893-1935)
Brasil
Graciliano Ramos (1892-1953)
Baleia
Eduardo Guimaraens (1892-1928)
Na Tarde Morta
Felipe de Oliveira (1891-1933)
Encruzamento de Linhas
Jackson de Figueiredo (1891-1928)
Carta a uma Irmã
Oswald de Andrade (1890-1954)
Infância
Contrabando
ÁIvaro Moreyra (1888-1964)
Há muitos Mundos
Godofredo Rangel (1884-1951)
O Grilo
Augusto dos Anjos (1884-1914)
O Lamento das Cousas
A meu Pai Morto
Monteiro Lobato (1882-1948)
Negrinha
José Albano (1882-1923)
Cantigas
Soneto
Lima Barreto (1881-1922)
O Enterro
João do Rio (1881-1921)
Junho de Outrora
Marcelo Gama (1878-1915)
Com o Sol
Auta de Souza (1876-1901)
O Beijar-Flor
Francisca Júlia (1874-1920)
Rústica
Valdomiro Silveira (1873-1941)
Última Carpa
Júlio Salusse (1878-1948)
Cisnes
Carlos Magalhães de Azeredo (1872-1963)
Despedida
Zeferino Brasil (1870-1942)
Soneto
Osório Duque Estrada (1870-1927)
Hino Nacional Brasileiro
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)
Hão de Chorar por Ela os Cinamomos
A Catedral
Soneto
Afonso Arinos (1868-1916)
Joaquim Mironga (Tipo do Sertão)
Graça Aranha (1868-1931)
O Espírito Moderno (Fragmento)
Mário Pederneiras (1868-1915)
Velha Mangueira (Fragmento)
Euclides da Cunha (1868-1909)
A seca
Conclusão
Emílio de Menezes (1867-1918)
Girassol
Guimarães Passos (1867-1909)
Teu Lenço
Vicente de Carvalho (1866-1924)
Palavras ao Mar
Saudade
Dona Flor
Olavo Bilac (1865-1918)
Via-Láctea
O Caçador de Esmeraldas
Hino à Bandeira
Simões Lopes Neto (1865-1916)
O Negrinho do Pastoreio
Coelho Neto (1864-1934)
Mau Sangue
Farias Brito (1862-1917)
Filosofia e Poesia
Raul Pompéia (1863-1895)
O Ateneu
O Mar
Cruz e Souza (1861-1898)
Antífona
Monja
Violões que Choram
Triunfo Supremo
Eduardo Prado (1860-1901)
A História do Brasil
Augusto de Lima (1860-1934)
Serenata
João Ribeiro (1860-1934)
Os Clássicos, Modelos Eternos da Linguagem
Alberto de Oliveira (1859-1937)
O Muro;
A que se Foi
Alma em Flor
Horas Mortas
A Cancela da Estrada
A Casa da Rua Abílio
Crescente de Agosto
Cartão Postal
Raimundo Correia (1859-1911)
A Cavalgada
Anoitecer
A Ilha e o Mar
Saudade
Peregrina
Plenilúnio
B. Lopes (1859-1916)
Per Rura
Quando eu Morrer
Berço
Aluízio de Azevedo (1857-1913)
A Pedreira
Teófilo Dias (1857-1889)
Cismas à Beira-Mar (Fragmento)
José Veríssimo (1857-1916)
Esaú e Jacó
Artur Azevedo (1855-1908)
Plebiscito
Capistrano de Abreu (1853-1927)
Maurício de Nassau
Sílvio Romero (1851-1914)
Desenvolvimento Autonômico (1750-1830)
Joaquim Nabuco (1849-1910)
Massangana
Carta a Graça Aranha
Rui Barbosa (1849-1923)
O Adeus da Academia a Machado de Assis
Prece de Natal
Castro Alves (1847-1871)
O Navio Negreiro (Tragédia no Mar)
Último Fantasma
O Coração
Luís Guimarães Júnior (1845-1898)
A Borralheira
Visita à Casa Paterna
Barão do Rio Branco (1845-1912)
Carta a D. Pedro II
Visconde de Taunay (1843-1899)
Aurora
Franklin Távora (1842-1888)
A Cruz do Patrão
Fagundes Varela (1841-1875)
Cântico do Calvário
A Flor do Maracujá
Tobias Barreto (1839-1889)
Ao Sete de Setembro (1865)
Eu amo o Gênio
Pressentimento
Machado de Assis (1839-1908)
Ideias de Canário
A Flor do Embiruçu
A Carolina
Óbito do Autor
O Sineiro da Glória
Casimiro de Abreu (1839-1860)
Canção do Exílio
Meus Oito Anos
A Valsa
Minh’Alma é Triste
França Júnior (1838-1890)
Encomendas
Juvenal Galaio (1836-1931)
Cajueiro Pequenino
Luís Delfino (1834-1910)
Cadáver da Virgem
Junqueira Freire (1832-1855)
Morte (Hora de Delírio)
Álvares de Azevedo (1831-1852)
Tristeza
Se Eu Morresse Amanhã
Fragmentos de um Canto em “Cordas de Bronze”
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)
Domingo do Espírito Santo
O Fogo no Campo
Luís Gama (1830-1882)
A Bodarrada
José de Alencar (1829-1877)
Verdes Mares Bravios
A Enchente
José Bonifácio, o Môço (1827-1886)
Teu Nome
Laurindo Rabelo (1826-1864)
Adeus ao Mundo
Bernardo Guimarães (1825-1884)
Prelúdio
Francisco Otaviano (1825-1889)
Ilusões da Vida
Gonçalves Dias (1823-1864)
Canção do Exílio
I-Juca-Pirama
Leito de Folhas Verdes
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
As Lágrimas de Amor
Varnhagem (1816-1878)
Prólogo
Martins Pena (1815-1848)
O Juiz de Paz da Roça
José Maria do Amaral (1813-1885)
Moestus sed Placidus
João Francisco Lisboa (1812-1863)
Cativeiro dos Índios
Gonçalves de Magalhães (1811-1882)
No Álbum de uma Veneziana
A Confederação dos Tamoios
Araújo Pôrto Alegre (1806-1879)
Descoberta da América
Maciel Monteiro (1804-1868)
Soneto
Evaristo da Veiga (1799-1837)
Hino da Independência
Monte Alverne (1784-1858)
Sermão de 25 de Março de 1831 (Fragmento)
José Bonifácio (1765-1838)
Exortação aos Brasileiros
Ode aos Baianos (Fragmento)
Silva Alvarenga (1749-1814)
Madrigal
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)
Lira V — Parte II
Lira XXII — Parte II
Lira XXXVI — Parte II
Alvarenga Peixoto (1744-1793)
A D. Bárbara Heliodora
Esteia e Nize
Basílio da Gama (1741-1795)
A Morte de Lindóia
Caldas Barbosa (1738-1800)
Doçura de Amor
Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
Soneto XVIII
Soneto LXIV
Soneto XCVIII
Santa Rita Durão (1722-1784)
Morte de Moema
Matias Aires (1705-1770)
Nascem os Homens Iguais
Rocha Pita (1660-1738)
O Brasil
Botelho de Oliveira (1636-1711)
A Ilha de Maré (Fragmento)
Gregório de Matos (1633-1696)
Verdades Miúdas
A uma Tormenta
Copias
Frei Vicente do Salvador (1564-1636)
Brasil
Anchieta (1534-1597)
A Santa Inês (na Vinda de sua Imagem)
Pelas Letras do Alfabeto
Bosques
Um comentário:
Amen.
É que com a ajuda dos leitores é possível divulgar cada vez mais excelentes obras raras!!!
Saudações!
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Em breve lhe darei um retorno, porém se o seu comentário for ofensivo infelizmente terá que ser ignorado, pois aqui não é local para ataques aos ensinamentos seculares da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Aqui o leitor pode estudar para conhecer a beleza e sabedoria do Catolicismo. Salve Maria!