[...] Há imenso quem escreve
para crianças, mas bem pouco quem com elas consiga pôr-se de nível
captando-lhes a atenção e o interesse.
Nesta história vivaz de Legorne Bravo conseguiu a autora com real felicidade conjugar as observações dos costumes dos protagonistas — estudados por quem até parece uma gentlewoman farmer — à capacidade de humanizar os seus emplumados personagens apresentados com excelente verossimilhança à meninada a quem se destina o livro.
Assim
lhe proporciona o espetáculo de uma série de cenas de correria e atropelo, de
gulodice e rivalidades, de brigas e briguinhas num pátio onde se misturam os
aristocráticos legornes e os majestosos rhodes;
as nossas modestas carijós e humildes pipuíras, os pretensiosos e embófios
garnisés e as estridulosas e contínuas apregoadoras de sua fraqueza que nos
vieram de Angola.
A toda
esta avifauna doméstica, a que se entremeiam gansos, patos, marrecos e perus
animam os sentimentos daqueles que serão seus impiedosos algozes de mais dias
menos dias.
Assim
assistimos a uma série de incidentes gaiatos e graves, dignos de aplausos e de
verberação, a cenas de alegria e cenas de terror e até de pânico. [...]
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