Dom Eugène Cardine
Livro de 1989 - 349 págs
Livro de 1989 - 349 págs
PREFÁCIO
(excertos)
A
necessária reforma litúrgica empreendida pelo Concilio Vaticano II resultou,
sem dúvida, numa grande redução no emprego do canto gregoriano nas funções da
Igreja Romana. Não se deve esquecer, porem, que o Concilio não o desaconselhou
mas, ao contrário, em sua Constituição sobre a Sagrada Liturgia, afirmou que “a
Igreja reconhece o Canto Gregoriano como próprio da liturgia romana. Portanto,
em igualdade de condições, ocupa ainda o primeiro lugar nas ações litúrgicas”
(cf. Constituição Sacrosanctum Cortcilium,
n° 116). Determinou também que fosse completada a edição típica dos livros de
canto gregoriano e que se preparasse edição mais crítica dos livros publicados
depois da reforma de S. Pio X (cf. n° 117).
Se o
estudo do canto sacro, especialmente do gregoriano, continua a ocupar
importante lugar na formação litúrgica dos sacerdotes, religiosos e fiéis
leigos (cf. n° 115 da citada Constituição), não se pode dizer que aí termina o
interesse por tal gênero de música. De fato, ao lado dos que se voltam ao
estudo do canto gregoriano porque nele reconhecem o canto próprio da liturgia
romana, muitos outros há que a seu estudo se dedicam porque sabem não ser
possível uma formação musical séria que não leve em conta essa expressão, que
foi a base do edifício da moderna música ocidental, religiosa ou profana.
Formou-se
o repertório autêntico gregoriano na alta Idade Média, influenciado inicialmente
pela música da Sinagoga e das Igrejas Orientais. Transmitida, no início, apenas
por tradição oral, pouco a pouco a música gregoriana foi sendo colocada em
pergaminhos, através de notações que hoje chamamos “semiológicas”. Porém, por
volta do século XI, experimentou o gregoriano o início de uma decadência que
alcançaria seu ápice nos séculos XVII e XVIII, quando não restava senão uma
imagem deformada das melodias primitivas.
No final
do século passado, o papa S. Pio X incentivou um movimento de restauração do
canto gregoriano, iniciado cerca de meio século antes por monges do mosteiro
beneditino de Solesmes, na França. Desde 1883, quando D. Joseph Pothier
publicou seu Liber Gradualis, tem-se
feito um esforço muito grande para restituir ao gregoriano toda a beleza
original. [...]
ÍNDICE
PREFÁCIO À
EDIÇÃO BRASILEIRA
DOM EUGÈNE
CARDINE, O.S.B. (NOTA BIOGRÁFICA)
PRIMEIRO ANO DE
CANTO GREGORIANO
SEMIOLOGIA
GREGORIANA
ÍNDICE GERAL
3 comentários:
Sabes me dizer se há o segundo, terceiro... anos?
Salve Maria Santíssima!
Salve Maria, Renata!
Se existe não conheço...
Saudações!
O conteúdo do segundo e terceiro e quarto ano é o aprofundar no repertório a partir do "semiologia gregoriana". O nome do "primeiro ano" é este porque Dom Cardine passava esse conteúdo aos alunos do bacharelado em canto gregoriano do Pontifício instituto de música sacra durante o primeiro ano do curso.
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Em breve lhe darei um retorno, porém se o seu comentário for ofensivo infelizmente terá que ser ignorado, pois aqui não é local para ataques aos ensinamentos seculares da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Aqui o leitor pode estudar para conhecer a beleza e sabedoria do Catolicismo. Salve Maria!