Teresa de los Andes
Edição de 1986 - 139 págs
Seleção Pe. Marino Purroy R.
QUEM
É TERESA DE LOS ANDES?
É
uma carmelita viva e transparente como a beleza dos Andes que, beijados pelo
sol, refletem nas nuvens imaculadas a luminosidade de Deus presente na
natureza. Uma jovem simpática que, com seu carinho e simplicidade, é capaz de
abrandar qualquer coração enraivecido. Tem nos olhos uma força mística,
penetrante, que parece perder-se no infinito, mas que, na verdade, sabe para onde olha e o que busca: o
Deus vivo e pessoal de sua história. Esta jovem, que na vida carmelitana
chamava-se Teresa de Jesus, assim como a sua coirmã Teresa de Lisieux, tomará o
nome de los Andes por ter vivido no nosso mosteiro assim chamado.
É
a carmelita mais jovem a receber da Igreja o reconhecimento de sua santidade e
aquela que viveu menos tempo na vida carmelitana. Somente onze meses.
Ao
longo deste tão curto espaço de tempo, conseguiu revelar toda a sua riqueza
interior, deixando uma marca profunda dentro e fora da comunidade.
Juanita
nasce em Santiago do Chile no dia 13 de julho. Uma família de fazendeiros que
entende somente de falência e dificuldades. A primeira educação recebida no lar
é séria e cristã, são lançadas, no terreno bom do seu coração, sementes que
irão produzir frutos abundantes. Através de seu diário, que conserva a
simplicidade infantil e a profundidade de quem procura o absoluto, encontramos a
descrição pormenorizada de sua infância. [...]
[...]
Gostar da vida é a primeira oração que sobe do coração e dos membros inquietos
de Juanita. O seu amor pela família, particularmente pelo avô, será o caminho
que a levará a descobrir Cristo como amigo. Amar não é outra coisa que a
resposta à experiência do amor. É bem difícil para alguém que nunca se sentiu amado
nem experimentou a ternura humana ser capaz de se deixar envolver pela
delicadeza de Deus, que deseja acariciar-nos, afagar nossa cabeça para nos fazer
sentir o seu amor. Ter medo do amor humano é ter medo do amor de Deus. Por
outro lado, isto não é sentimentalismo, mas uma verdade que percorre toda a
Palavra de Deus: "Não temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és
meu; porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo" (ls
43, 1-4); "Por isso a atrairei, conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao
coração. Desposar-te-ei para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o
direito, com benevolência e ternura. Desposar-te-ei com fidelidade e tu
conhecerás o Senhor" (Oséias 1,16; 21,22).
Juanita
sente Jesus como o seu único amado, procura-o com o entusiasmo angustiante de
São João da Cruz, com a calma de uma Eilsabete da Trindade. O encontro com
Cristo, o Amado, em Juanita
realiza-se na Eucaristia. Espera como festa sem igual a primeira Eucaristia,
que será um dia sem nuvens: "Depois todos os dias comungava e passava
grande tempo com Jesus. Nosso Senhor me falava depois da comunhão". O amor
é diálogo, estar juntos, perceber a presença do outro como algo que preenche
todos os nossos vazios, desertos e solidões.
Aos
quinze anos, encontramos nesta jovem sedenta de vida uma maturidade
surpreendente. Percebe que completar quinze anos é uma aventura de iniciação
humana, é tomar-se grande, lançar-se na construção do próprio futuro,
vislumbrar, embora de longe, o nascer lento, sempre mais nítido, do amanhã.
'Juanita
diz: "Para uma menina é a idade mais perigosa. É
a entrada no mar violento do mundo. Mas Jesus tomou a direção da minha
barquinha, evitando o choque com outros navios, conservou-me solitária para
ele. Escondeu-me nele".
O
Carmelo já começa a aparecer na sua vida como ponto de referência. É uma força
que ela mesma não sabe explicar nem dominar.
2 comentários:
Não tem link
Boa Noite!
O link é o título do livro, em azul, depois salve da nuvem em seu dispositivo.
Boa Leitura,
Saudações!
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Em breve lhe darei um retorno, porém se o seu comentário for ofensivo infelizmente terá que ser ignorado, pois aqui não é local para ataques aos ensinamentos seculares da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Aqui o leitor pode estudar para conhecer a beleza e sabedoria do Catolicismo. Salve Maria!