25 fevereiro, 2017

Quem é Teresa de los Andes?

Teresa de los Andes
Edição de 1986 - 139 págs
Seleção Pe. Marino Purroy R.


QUEM É TERESA DE LOS ANDES?
É uma carmelita viva e transparente como a beleza dos Andes que, beijados pelo sol, refletem nas nuvens imaculadas a luminosidade de Deus presente na natureza. Uma jovem simpática que, com seu carinho e simplicidade, é capaz de abrandar qualquer coração enraivecido. Tem nos olhos uma força mística, penetrante, que parece perder-se no infinito, mas que, na  verdade, sabe para onde olha e o que busca: o Deus vivo e pessoal de sua história. Esta jovem, que na vida carmelitana chamava-se Teresa de Jesus, assim como a sua coirmã Teresa de Lisieux, tomará o nome de los Andes por ter vivido no nosso mosteiro assim chamado.
É a carmelita mais jovem a receber da Igreja o reconhecimento de sua santidade e aquela que viveu menos tempo na vida carmelitana. Somente onze meses.
Ao longo deste tão curto espaço de tempo, conseguiu revelar toda a sua riqueza interior, deixando uma marca profunda dentro e fora da comunidade.
Juanita nasce em Santiago do Chile no dia 13 de julho. Uma família de fazendeiros que entende somente de falência e dificuldades. A primeira educação recebida no lar é séria e cristã, são lançadas, no terreno bom do seu coração, sementes que irão produzir frutos abundantes. Através de seu diário, que conserva a simplicidade infantil e a profundidade de quem procura o absoluto, encontramos a descrição pormenorizada de sua infância. [...]
[...] Gostar da vida é a primeira oração que sobe do coração e dos membros inquietos de Juanita. O seu amor pela família, particularmente pelo avô, será o caminho que a levará a descobrir Cristo como amigo. Amar não é outra coisa que a resposta à experiência do amor. É bem difícil para alguém que nunca se sentiu amado nem experimentou a ternura humana ser capaz de se deixar envolver pela delicadeza de Deus, que deseja acariciar-nos, afagar nossa cabeça para nos fazer sentir o seu amor. Ter medo do amor humano é ter medo do amor de Deus. Por outro lado, isto não é sentimentalismo, mas uma verdade que percorre toda a Palavra de Deus: "Não temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu; porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo" (ls 43, 1-4); "Por isso a atrairei, conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração. Desposar-te-ei para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com benevolência e ternura. Desposar-te-ei com fidelidade e tu conhecerás o Senhor" (Oséias 1,16; 21,22).
Juanita sente Jesus como o seu único amado, procura-o com o entusiasmo angustiante de São João da Cruz, com a calma de uma Eilsabete da Trindade. O encontro com Cristo, o Amado, em Juanita realiza-se na Eucaristia. Espera como festa sem igual a primeira Eucaristia, que será um dia sem nuvens: "Depois todos os dias comungava e passava grande tempo com Jesus. Nosso Senhor me falava depois da comunhão". O amor é diálogo, estar juntos, perceber a presença do outro como algo que preenche todos os nossos vazios, desertos e solidões.
Aos quinze anos, encontramos nesta jovem sedenta de vida uma maturidade surpreendente. Percebe que completar quinze anos é uma aventura de iniciação humana, é tomar-se grande, lançar-se na construção do próprio futuro, vislumbrar, embora de longe, o nascer lento, sempre mais nítido, do amanhã.
'Juanita diz: "Para uma menina é a idade mais perigosa. É a entrada no mar violento do mundo. Mas Jesus tomou a direção da minha barquinha, evitando o choque com outros navios, conservou-me solitária para ele. Escondeu-me nele".
O Carmelo já começa a aparecer na sua vida como ponto de referência. É uma força que ela mesma não sabe explicar nem dominar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não tem link

Alexandria Católica disse...

Boa Noite!

O link é o título do livro, em azul, depois salve da nuvem em seu dispositivo.

Boa Leitura,

Saudações!

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