PREFÁCIO
Apareceu este nosso trabalho em primeira edição após a primeira guerra mundial, em 1922, quando pelo nosso País alastrava a mania das greves que lhe impedia todo o anseio de ressurreição econômica. O advento do fascismo fez cessar a marcha desenfreada da luta de classes; teve-se assim a sensação de ter sido de improviso lançado para um mundo novo, e pensou-se entre nós que a greve não fora mais que uma lembrança de triste recordação.
Foi então que no prefácio deste nosso trabalho advertimos que não nos deveríamos iludir acerca do ocaso das greves: «O problema da greve, escrevíamos, não foi de modo nenhum superado pelos acontecimentos clamorosos do momento. Pelos silvados pode a chama ou a podoa passar vitoriosa, mas depressa as raízes — obreiras silenciosas — absorverão a humidade e criar-se-ão novos rebentos espinhosos. A greve tem suas raízes profundas, e as contingências da hora presente não poderão suplantá-la».
Hoje depois dum interregno de mais de dois decênios reapareceram os conflitos de classe com uma extensão e rudeza não inferior à dos tempos passados.
Julgamos, portanto, oportuno oferecer ao público, não sem alguns retoques, uma nova edição do nosso trabalho sobre o fenômeno perturbador da vida econômica, certos de prestar algum serviço àqueles que desejam apreciar as greves à luz da doutrina social católica.
Roma, 1 de janeiro de 1947.
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